tag:blogger.com,1999:blog-29251478917636156982024-03-13T14:28:39.104-03:00Fernando MartinsFernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.comBlogger126125tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-20447466811683889072012-10-13T18:22:00.001-03:002012-10-13T18:22:14.597-03:00Os Sete Pecados na TV e na Música Brasileira-Do livro-OS SETE PECADOS CAPITAIS-FERNANDO MARTINS FERREIRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4KeGjLnj10N949jwLSjYzahyhyGge4_3TwJNdIlVLW6shJJtUWqHQqgU-N140iefaIaApcwqwIi6qpbzZH_PVkAeWuG-82LzBOvWBBsXaNx2IXkBk9k1g5mmZXn_pjnnghTNT-dsWRAA/s1600/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4KeGjLnj10N949jwLSjYzahyhyGge4_3TwJNdIlVLW6shJJtUWqHQqgU-N140iefaIaApcwqwIi6qpbzZH_PVkAeWuG-82LzBOvWBBsXaNx2IXkBk9k1g5mmZXn_pjnnghTNT-dsWRAA/s320/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" /></a></div>
Os Sete Pecados na TV e na Música Brasileira
Em 2007, a Rede Globo de Televisão, apresentou a novela “Sete Pecados” de Walcyr Carrasco, com direção de Jorge Fernando, Pedro Vasconcelos, Fred Mayrink e Marcelo Travesso.
A novela foi um sucesso e tratou com humor e irreverência o tema proposto.
As músicas contribuíram enormemente para o sucesso da novela. Veja algumas letras que fizeram parte da discografia da novela, cada uma fala claramente de um pecado capital.
Luciana Mello cantou o pecado da soberba na música “Vaidade”.
Vaidade
Quando eu entro na história
O roteiro é só prá mim
Não aguento, essa escória
Que não quer me ver assim...
Poderosa, Preciosa
Generosa até demais
Minha imagem, dá o brilho
No cenário dos mortais...
Quando eu chego nos lugares
Viro o centro da atenção
Umas morrem de inveja
Outros morrem de paixão...
Poderosa, Luxuosa
Caridosa até demais
Com esse mundo, tão cafona
Limitado dos mortais...
Meu nome é Vaidade
Não nasci prá Amélia
Eu não quero saber quanto é
Vaidade é, prá quem pode
Vai dizer que você não quer?...(2x)
Não nasci prá Amélia, não!
Meu nome é Vaidade!
Quando eu entro na história
O roteiro é só prá mim
Não aguento, essa escória
Que não quer me ver assim...
Poderosa, Preciosa
Generosa até demais
Minha imagem, dá o brilho
No cenário dos mortais...
Meu nome é Vaidade
Não nasci prá Amélia
Eu não quero saber quanto é
Vaidade é, prá quem pode
Vai dizer que você não quer?...(2x)
Eu duvido que você não queira!
Meu nome é Vaidade!
Quando eu entro na história
O roteiro é só prá mim...
Débora Blando fala da Inveja em “Contrato Assinado”.
Contrato Assinado
Você esqueceu um detalhe
Não finja que não percebeu
O acaso falou o seu nome
Pensando no meu...
Não olhe prá mim
Com essa cara
Você ainda não entendeu
Eu nasci com o direito
A ser dona de tudo que é seu...
Eu tenho em minhas mãos
Esse contrato assinado
Com sangue derramado em papel
A chave é a escritura
De um palácio no inferno
Por um quarto e sala no céu...
Você quer vender, sua alma
Você quer vender, quanto é?
Você é dos meus, da minha laia
Então faça seu preço
E depois pague prá ver qual é...
Você já conhece essa lenda
Não finja que você não leu
Você anda cruzando demais
Seu caminho no meu
Não vejo motivo prá espanto
Há tempos que a lei é assim
Você só vai ganhar esse jogo
Se perder prá mim...
Eu tenho em minhas mãos
Esse contrato assinado
Com sangue derramado em papel
A chave é a escritura
De um palácio no inferno
Por um quarto e sala no céu...
Você quer vender, sua alma
Você quer vender, quanto quer?
Você é dos meus, da minha laia
Então faça seu preço
E depois pague prá ver qual é
Qual é?
Cláudio Zoli fala da Ira na música “Ira”.
Ira
A Ira!
A Lira da Ira!...(2x)
Quando a vida
Lhe contrariar
Você entra em crise
Não reage bem
Odeia o mundo
Tomado pela Ira
Você pira
E se transforma
Em alguém...
Alguém impossível
Alguém sem juízo
Alguém não ama ninguém
Perdido no escuro
Sem fé sem futuro
Você finge
E engana bem...
São 7 cores no arco-íris
São 7 notas musicais
São 7 buracos na cabeça
São 7 pecados capitais...(2x)
A Lira da Ira!...
Sei que a Ira
Pode ser santa
Eu sei que a Ira
Pode salvar
Quem canta a Ira
Os males espanta
Mas do que nunca
Eu preciso cantar...
Pecado é mesmo secreto
Segredo é sempre sagrado
A Ira nasce do medo
Qual será o pior
Dos 7 pecados?...
São 7 cores no arco-íris
São 7 notas musicais
São 7 buracos na cabeça
São 7 pecados capitais...(2x)
Alguém impossível
Alguém sem juízo
Alguém não ama ninguém
Perdido no escuro
Sem fé, sem futuro
Você finge e engana bem...
São 7 cores no arco-íris
São 7 notas musicais
São 7 buracos na cabeça
São 7 pecados capitais...(3x)
A Lira da Ira!(8x)
O grande cantor e compositor Zeca Pagodinho cantou a Preguiça em “Exaustino”.
Exaustino
Exaustino não quer se estressar
Leva a vida na boa, devagar
Exaustino quer ver fogo no mar
Quer comer peixe frito sem fritar
E nem ter nem trabalho de pescar
Exaustino quer deitar e rolar...
Marcha lenta, ele não tá nem aí
Exaustino não come abacaxi
Nem siri, porque pode se cansar
Come, dorme, café, almoça e janta
Não tá nem aí se o galo canta
Tá engordando sem parar...
Exaustino é o rei dentro de casa
Não move uma palha meu Deus
Ele quer tudo na mão
Tomar banho prá ele
É uma batalha
Vê se toma jeito essa preguiça
Enfraquece o coração...
Mas o doutor já avisou
Que o cigarro
Também tem que parar
Não é fácil mas tem
Que se esforçar
E acordar de manhã prá caminhar
Sua gula vai ter que segurar
E no regime alimentar
Perder peso e a pressão
Ir pro lugar...
Mas o doutor já avisou
Que a saúde não pode descuidar
Exaustino vai ter que se ligar
É castigo demais prá ele pagar
Dessa vez vai ter que se acostumar
Se não o bicho vai pegar
Vai ter um pire-paque
Se ferrar...
A Avareza foi cantada por Rodrigo Santos na música “Pão Duro”.
Pão Duro
Chegou o Pão-Duro
Sempre tira uma casquinha
Tem medo de perder tudo
E economiza gota de latinha...
Ele agora divide seu tempo
Que não consegue gastar
Entre o que já possui
E o que ainda vai conquistar...
Ele vem de berço humilde
E hoje continua pobre
De espírito e de alma
De que adianta ser rico?
A vida para ele
Não é o bem, contra o mal
Ele prefere ter mais coisas
A ser um sujeito legal...
Pão-Duro!
Abre esse coração
Pão-Duro!
Se eu pudesse abrir
Esse coração!
Pão-Duro!
Abre esse coração
Pão-Duro!
Se eu tivesse um machado
Abriria o seu coração...
Chegou o Pão-Duro
Sempre tira uma casquinha
Tem medo de perder tudo
E economiza gota de latinha...
O dinheiro no cofre
É prá onde vai seu carinho
Um dia é hipócrita
No outro dia é mesquinho...
Ele vem de berço humilde
E hoje continua pobre
De espírito e de alma
De que adianta ser rico?
A vida para ele
Não é o bem, contra o mal
Ele prefere ter mais coisas
A ser um sujeito legal...
Pão-Duro!
Abre esse coração
Pão-Duro!
Se eu pudesse abrir
Esse coração!
Pão-Duro!
Abre esse coração
Pão-Duro!
Se eu tivesse um machado
Abriria o seu coração...
Pão-Duro!
Abre esse coração
Pão-Duro!
Se eu pudesse abrir
Esse coração!
Pão-Duro!
Abre esse coração
Pão-Duro!
Se eu pudesse arregava
O seu coração...
Pão-Duro!
(Abre a carteira)
Pão-Duro!
(Volta prá família)
Pão-Duro!
(Pr'os seus filhos, os amigos)
Pão-Duro!
Abriria o seu coração
Mesquinho! Falido! Pequeno!
Merreca! Merreca! Pão-Duro!
Eduardo Dusek cantou a Gula na música “Gula”.
Gula
Comer!
Porque viver é se empapuçar.
Engole tudo que der pra traçar.
Se a farinha "tá" pouco o pirão vai pirar.
Fritar!
O mundo é um kibe feito no dendê,
e põe pimenta que você vai ver
vai arder no começo mas dá prazer.
Porque se não
a vida é pizza sem "tumate", mussarela.
Eu quero é molho, porque a coisa fica boa quando mela.
Não existe colesterol, isso é papo de "besteirol",
Eles não querem engordar.
Eu vou me empanturrar.
Que o planeta "tá" afim de ramgar
e mamar!!!
Comer!
Porque viver é se empapuçar.
Engole tudo que der pra traçar.
Se a farinha "tá" pouco o pirão vai pirar.
Porque se não
a vida é pizza sem "tumate", mussarela.
Eu quero é molho, porque a coisa fica boa quando mela.
Não existe colesterol, isso é papo de "besteirol",
Eles não querem engordar.
Eu vou me empanturrar.
Que o planeta "tá" afim de rangar
e mamar!!!
É, eu vou sugar,
Me empaturrar
E sei, que vou engordar
É mas, mamãe eu quero mamar
É, quero mamar
Mamãe eu quero
Oh! Yes
Mamãe eu quero
Oh! Yes
Isabela Taviani fala-nos sobre a Luxúria na música do mesmo nome. Ei-la.
Luxúria
Dobro os joelhos
Quando você, me pega
Me amassa, me quebra
Me usa demais...
Perco as rédeas
Quando você
Demora, devora, implora
E sempre por mais...
Eu sou navalha
Cortando na carne
Eu sou a boca
Que a língua invade
Sou o desejo
Maldito e bendito
Profano e covarde...
Desfaça assim de mim
Que eu gosto e desgosto
Me dobro, nem lhe cobro
Rapaz!
Ordene, não peça
Muito me interessa
A sua potência
Seu calibre, seu gás...
Sou o encaixe
O lacre violado
E tantas pernas
Por todos os lados
Eu sou o preço
Cobrado e bem pago
Eu sou
Um pecado capital...
Eu quero é derrapar
Nas curvas do seu corpo
Surpreender seus movimentos
Virar o jogo
Quero beber, o que dele
Escorre pela pele
E nunca mais esfriar
Minha febre...
Eu quero é derrapar
Nas curvas do seu corpo
Surpreender seus movimentos
Virar o jogo
Eu quero é beber, o que dele
Escorre pela pele
E nunca mais esfriar
Minha febre...
Desfaça assim de mim
Que eu gosto e desgosto
Me dobro, nem lhe cobro
Rapaz!
Ordene, não peça
Muito me interessa
A sua potência
Seu calibre, seu gás...
Sou um encaixe
O lacre violado
E tantas pernas
Por todos os lados
Eu sou o preço
Cobrado e bem pago
Eu sou
Um pecado capital...
Eu quero é derrapar
Nas curvas do seu corpo
Surpreender seus movimentos
Virar o jogo
Quero beber, o que dele
Escorre pela pele
E nunca mais esfriar
Minha febre...
Eu quero é derrapar
Nas curvas do seu corpo
Surpreender seus movimentos
Virar o jogo
Eu quero é beber, o que dele
Escorre pela pele
E nunca mais esfriar
Nunca mais esfriar
Nunca mais esfriar
Minha febre...
E assim, com mais ou menos irreverência, todos os pecados foram abordados trazendo o assunto para a sociedade discutir.
Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-13597687282498760942012-10-13T18:11:00.001-03:002012-10-13T18:11:17.156-03:00DESESPERO INJUSTIFICAVEL= DIVALDO FRANCO
Desespero Injustificável
Postado por Carlos Ernesto Prokisch em 29 fevereiro 2012 às 0:19
.
Pensas: “Aceitei, confiante, a fé e a luta me parece mais rude. A fadiga me segue e o desespero me cerceia. Tenho a impressão de que forças tiranizantes me amesquinham, comprazendo-se com os meus tormentos.” Analisas: “Abracei o Cristianismo Redivivo no Espiritismo, guardando a esperança de esclarecido, repousar, e edificado pelo esclarecimento, viver em paz. No entanto, com a dilatação do conhecimento, parece-me que problemas com os quais eu não contava repontam multiplicados e dissabores me assinalam as horas.” Comentas: “Que ocorre comigo? Não desejava melhoras econômicas ao aceitar a Doutrina renovadora, todavia, surpreendo-me com tantos insucessos… Não aguardava um paraíso entre os companheiros, mas, por que a animosidade?” Concluis: “Desisto — eis a solução. Talvez, quem sabe? — imaginas — eu esteja deixando consumir-me pelo excesso do ideal… Vejo outros companheiros com ares felizes, bem postos, joviais… Algo, comigo, está errado” Sim, algo está errado: a conclusão a que chegaste. Todo compromisso elevado exige esforço no empreendimento, luta na execução, força no ideal. Quem pretende fruir antes de produzir conserva infantilidade mental. O homem velho para despojar-se do manto característico não consegue fazê-lo sem uma grande revolução íntima. O passado de cada espírito em luta, na Terra, é todo um amontoado de escombros a retirar para reconstruir, reaparelhar. Enquanto alguém se demora em charco pestilento acostuma-se ao recender da podridão. O horizonte visual é maior de quanto mais alto o contemplamos. É, pois, compreensível que, desejoso de uma vida melhor sejam concedidas às tuas possibilidades atuais as lutas redentoras para mais altos vôos. Com as percepções espirituais desenvolvidas e sintonizadas com as Esferas da Luz, teus inimigos desencarnados, na retaguarda, redobram a vigilância junto aos teus movimentos e, de paixões açuladas ante a perspectiva de perderem o comensal de antigas loucuras, atiram-se, desordenadamente, “dispostos a tudo”… Ora, porfia, estuda e ama. A oração elevar-te-á além das sombras densas. A porfia retemperará tuas forças. O estudo dilatará a tua faculdade de discernir. E o amor te concederá as láureas da paz, oferecendo-te os tesouros inalienáveis da felicidade sem jaça. Em “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec, o Embaixador das Cortes Celestes, registrou: “Sob a influência das idéias carnais, o homem, na Terra, só vê das provas o lado penoso…” “Na vida espiritual, porém, compara esses gozos fugazes e grosseiros com a inalterável felicidade que lhe é dado entrever e desde logo nenhuma impressão mais lhe causa os passageiros sofrimentos terrenos…” “Não é possível, no estado de imperfeição em que te encontra, gozar de uma vida isenta de amarguras. Ele o percebe e, precisamente para chegar a frui-la, é que trata de se melhorar.” Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Dimensões da Verdade. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
http// grupoesperança
Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-43238169524604027972012-09-17T19:23:00.001-03:002012-09-17T19:23:07.797-03:00OS SETE PECADOS CAPITAIS E SEUS RESPECTIVOS DEMONIOS-FERNANDO MARTINS FERREIRA
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfMBygxqayWeZ8isQYz53MBzbYgr7JaWnLb8biWUF9m74bpKt_P1A6kCDrpvd4M9E_sUCZvQnycD84gJYVBCanRuzsYtRB0ixsV7uEvqPW7L_f9z-EI5ziDrPxTlYq2ejOMmdx6IZpjdQ/s1600/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfMBygxqayWeZ8isQYz53MBzbYgr7JaWnLb8biWUF9m74bpKt_P1A6kCDrpvd4M9E_sUCZvQnycD84gJYVBCanRuzsYtRB0ixsV7uEvqPW7L_f9z-EI5ziDrPxTlYq2ejOMmdx6IZpjdQ/s320/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" /></a></div>
Os Pecados e seus respectivos Demônios
Em 1859, Peter Binsfeld, um teólogo alemão, comparou cada um dos pecados capitais com seus respectivos demônios segundo os significados mais usados:
Pecado Demônio
- Soberba - Lúcifer
- Inveja - Leviatã
- Ira - Satã
- Preguiça - Belphegor
- Avareza - Mammon
- Gula - Belzebu
- Luxúria - Asmodeus
*
Se7ven – O Filme
Em 1995, a Playarte Home Vídeo, lançou o filme Se7ven, de David Fincher, com um super elenco encabeçado por Brad Pitt, Morgan Freeman, Kevin Spacey entre outros.
O filme, um excelente suspense policial, acontece em torno da investigação de uma série de crimes em que o assassino escolhe suas vítimas de acordo com os sete pecados capitais.
O primeiro corpo encontrado é o de um homem extremamente obeso, que foi obrigado a comer até a morte. Atrás da geladeira está escrito com gordura a palavra “Gula”. A seguir um advogado é forçado a se mutilar para sangrar até a morte (Cobiça-Soberba). Um delinquente é amarrado em sua própria cama por um ano (Preguiça) e uma modelo tem o rosto desfigurado (Vaidade). Uma prostituta é brutalmente empalada (Luxúria).
A Inveja e a Ira aparecem no final do filme. A história se desenrola em sete dias e se passa numa chuvosa e sombria Los Angeles. O interessante é que na época, os membros da academia de Hollywood esnobaram a produção, concedendo-lhe uma única indicação para o Oscar: a de melhor montagem. No entanto, o reconhecimento veio do público que lotou as salas de exibições em todo o mundo e rapidamente se tornou um dos favoritos do público em todas as épocas. Arrecadou U$ 350 milhões de dólares, valor dez vezes maior que seu orçamento. Vale a pena conferir, mesmo que o leitor já o tenha visto.
Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-3310907689512229822012-09-11T09:41:00.001-03:002012-09-11T09:41:45.277-03:00A LUXÚRIA- DO LIVRO: OS SETE PECADOS CAPITAIS (2010) FERNANDO MARTINS FERREIRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK03t6-fc_Kef-kaL7-dDBfwcIoBz1SZ_M00fxoF1MIpvI_trdMOVARbQbjUbwinanUz-efXoSYshmDbI-F6_Y6IlbxpTFqrpceAr0ISIX2zBmqKRCLnTvXihF5ZIPPGAnTD1WjqW4djI/s1600/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK03t6-fc_Kef-kaL7-dDBfwcIoBz1SZ_M00fxoF1MIpvI_trdMOVARbQbjUbwinanUz-efXoSYshmDbI-F6_Y6IlbxpTFqrpceAr0ISIX2zBmqKRCLnTvXihF5ZIPPGAnTD1WjqW4djI/s320/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" /></a></div>
A Luxúria
A luxúria segundo definição do dicionário é um substantivo feminino derivado do latim Luxuria. Também é libertinagem, sensualidade, lascívia. Segundo a igreja católica é um desejo desordenado pelo prazer sexual.
Os desejos e atos são desordenados quando não se conformam com o propósito divino, que é propiciar o amor mútuo entre os esposos e favorecer a procriação. Fere portanto o sexto mandamento (não pecarás contra a castidade). Através dela, se mata, se vende a dignidade humana, se trai, usa-se drogas, suja a alma e se corrompe a ganância, vaidade e ambição. Mas não está no sexo a sujeira em si, mas o uso que fazemos dele.
Coisas como bigamia, incesto, pedofilia, prostituição, pornografia, zoofilia, fetichismo, bestialismo, sadismo (busca do prazer inflingindo dor ao parceiro) e masoquismo (busca do prazer recebendo punições que envolvem dor) são considerados desvios sexuais. Segundo o site Cristianismo por toda a vida, o pecado da luxúria é dividido em três:
1º - Atos consumados segundo a Natureza
Atos que materialmente não se distinguem do ato matrimonial, mas formalmente, se distinguem porque a intenção não é a busca do prazer venéreo.
Não há uma comunidade de vida; não há amor aos filhos que advenham dessa relação. Só se busca o prazer, acima de tudo; exclui-se a finalidade. Muitas vezes são atos em que se procura evitar a concepção com preservativos e anticonceptivos.
2º - Pecado da fornicação (relação pré-matrimonial)
Na fornicação pode até haver amor, mas não há matrimônio. É a relação pré-matrimônio dos noivos. Excluem-se filhos com pílulas, portanto, é pecado.
3º Pecado do adultério
No adultério, vai-se contra o matrimônio natural, entra outra pessoa naquela comunidade do homem e da mulher e arruína a família, desonra os filhos.
É uma injustiça se for em pensamento, uma intenção (telefone namoro) será contra o 9º mandamento é pecado contra a natureza porque é uma desordem.
Segue informando o site: “O outro pecado de luxúria são os atos consumidos contra a natureza, mais graves que a fornicação e o adultério, atos que não são para gerar e provocam um prazer venéreo, fora do ato sexual”.
Onanismo: Pecado de Onam (Gêneses: 38, 9-10) – Deus condena Onam pela união voluntariamente interrompida. É contra a natureza buscar o prazer sem a relação completa. O onanismo também ocorre quando se usa instrumento contraceptivo ou preservativo. Impedem a relação normal por outros meios que não sejam os métodos naturais, impedindo a união das células femininas e masculinas.
Sodomia: Homossexualismo
Atos externos não consumados
Maus atos podem provocar um prazer venéreo.
Masturbação: ... na linha de tradição, constante, tanto no magistério da igreja como o senso moral dos fieis afirmam sem hesitação que a masturbação é um ato intrínseco e gravemente desordenado...
Esses pecados são contra a natureza humana, quando uma pessoa se deixa levar, torna-se inadequado para o amor e para a educação dos filhos.
Em relação à pornografia o site nos ensina: “A pornografia consiste em retirar atos sexuais, reais ou simulados da intimidade dos parceiros para exibi-los a terceiros de forma deliberada... São revistas, filmes, programas e algumas novelas... Maus pensamentos e lembranças também são pecados contra a castidade”.
Asmodeus é considerado um dos príncipes, do inferno, subordinado a Lúcifer, e é o demônio que rege a Luxúria.
Veja agora o que o monge Evágro Pôntico (ou do Ponto), aquele mesmo que como já vimos, listou os oito pecados capitais no século IV, escreveu para os seus irmãos monges, sobre a luxúria. É extremamente interessante.
“A moderação gera a regra enquanto que a gula é a mãe do desenfreio; o óleo alimenta a luz da lamparina e o frequentar mulheres atiça a chama do prazer. A violência da onda se desencadeia contra o mercador mal ancorado, assim como o pensamento da luxúria, se desencadeia sobre a mente do imoderado. A luxúria virá aliada à saciez, lhes concederá licença, se juntará aos adversários e combaterá, finalmente do lado dos inimigos. Permanece invulnerável às flechas inimigas aquele que ama a paz interior e a tranquilidade de recolhimento; ao contrário, aquele que se mistura com a multidão recebe golpes continuamente. O olhar para uma mulher é semelhante a um dardo venenoso: fere a alma, nos injeta veneno e, quanto mais perdura, tanto mais espalha a infecção. Aquele que busca defender-se destas flechas se mantém alheio das multitudinárias reuniões públicas e não divaga com a boca aberta nos dias de festa; é muito melhor ficar em casa, passando o tempo orando, do que fazer a obra do inimigo crendo honrar as festas. Evita a intimidade com as mulheres se realmente desejas ser sábio e não lhes dê liberdade para falar-te, nem confiança. Com efeito, no início tem ou simulam uma certa cautela; porém a seguir, ousam fazer tudo descaradamente. Na primeira aproximação, mantém o olhar baixo, falam docemente, choram comovidas, tratam seriamente, suspiram como amargura, fazem perguntas sobre a castidade e escutam com atenção; na segunda vez, levantam um pouco mais a cabeça; na terceira vez, aproximam-se sem muito pudor; tu sorris e elas se põem a rir desafiadoramente; a seguir, se embelezam e se te mostram com ostentação; seus olhares passam a anunciar ardor, levantam as sobrancelhas e os olhos, desnudam o pescoço e abandonam todo o corpo à fraqueza, pronunciam frases abrandadas pela paixão te dirigem uma voz fascinante ao ouvido até apoderarem-se por completo de tua alma. Ocorre que estas ciladas te encaminham à morte e estas redes entrelaçadas te arrastam à perdição. Portanto, não te deixas enganar sequer por aquelas que se servem de discursos discretos; nestas, com efeito, se oculta o maligno veneno das serpentes”.
Como era sábio esse Monge hein!?
A luxúria na literatura:
Decamerão de Giovanni Bocacio (1348-1353).
A obra é considerada um marco literário na ruptura entre a moral medieval em que se valoriza o amor espiritual e o início do realismo, iniciando o registro de valores terrenos, que veio redundar no humanismo.
A Casa dos Budas Ditosos de João Ubaldo Ribeiro (Editora Objetiva)
O livro é narrado por uma mulher de 68 anos, nascida na Bahia, falando de sua própria vida, de seus amores, e de como jamais se furtou de viver intensamente – com todos os prazeres e sem respingos de culpa – as infinitas possibilidades do sexo.
Ao falarmos de luxúria na literatura não podemos deixar de citar dois grandes escritores brasileiros, são eles: Jorge Amado e Nelson Rodrigues. Suas obras são sensuais, provocantes e fortes. No primeiro, a sensualidade é morena, faceira, quente, envolvente; no segundo crua, violenta, passional.
Jorge Leal Amado
Nasceu em 10/08/1912, na fazenda Auricídia, município de Ilhéus-BA, mas foi registrado em Itabuna. Faleceu em 06/08/2001.
Foi romancista, contista, poeta, dramaturgo, cronista e crítico literário. Nos deixou 49 obras, todas elas voltadas para temas nacionais de raízes. Suas obras trazem os problemas, as injustiças sociais, o folclore, a política, crenças e tradições, tudo isso misturado na grande sensualidade do povo brasileiro. Essa sensualidade salta aos olhos nas páginas das obras:
- Tenda dos milagres, Capitães de areia, Jubiabá, O compadre de Ogun, Teresa Batista Cansada de guerra, Dona Flor e seus dois maridos, Gabriela cravo e canela, Tieta do agreste. Não por acaso, suas principais obras (três últimas) receberam o nome de mulher. Seus livros foram traduzidos em 55 paises e 49 idiomas.
Frases de Jorge Amado:
“Para mim, o sexo sempre foi uma festa. Aos 82 anos, a festa é muito diferente do que era aos 20, aos 50, mesmo aos 60: é uma festa que é feita da experiência, do refinamento.”
“A vida me deu mais do que pedi e mereci. Não me falta nada. Tenho Zélia e isso me basta.”
“Na realidade, o tema da infelicidade tem engendrado montanhas de livros horríveis, umas masturbações insuportáveis.”
“Acho que você não deve fazer nada que não o divirta, lhe dê prazer. Também não deve exercer um ofício, uma profissão para a qual é incompetente.”
Nelson Falcão Rodrigues:
Nasceu na cidade de Recife em 23/08/1912. Foi poeta, escritor e dramaturgo. Retratou com fidelidade o cotidiano da sociedade, as tragédias domésticas, enfim, “a vida como ela é”, porém com muita sensualidade. Escreveu 16 peças para teatro e sua obra completa abrange 04 volumes que foram divididos pelo crítico de arte Sabato Magaldi dessa forma:
Peças Psicológicas:
- A mulher sem pecado
- Vestido de noiva
- Valsa nº 06
- Viúva porém, honesta
- Anti-Nelson Rodrigues
Peças Místicas:
- Anjo Negro
- Álbum de família
- Senhora dos afogados
- Doroteia
Tragédias Cariocas I:
- Boca de ouro
- A falecida
- Os sete gatinhos
- Perdoa-me por me traíres
Tragédias Cariocas II:
- O beijo no asfalto
- Bonitinha, mas ordinária
- Toda nudez será castigada
- A serpente
Escreveu também diversos romances entre eles:
- Meu destino é pecar
- Escravos do amor
- Núpcias de fogo
- A mulher que amou demais
- Asfalto selvagem (ficou mais conhecido como: “Engraçadinha”)
- O casamento
Escreveu também diversos contos. Entre eles:
- Elas gostam de apanhar
- Cem cartas escolhidas
- A vida como ela é
- A dama do lotação e outros contos e crônicas
- O homem fiel
Crônicas:
- A cabra vadia
- O óbvio ululante: primeiras confissões
- A menina sem estrela
- A mulher do próximo
Frases de Nelson Rodrigues:
“Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico.”
“A educação sexual só deveria ser dada por um veterinário”.
“Os padres exigem o fim do celibato. Portanto, odeiam a castidade. Imaginem um movimento de meretrizes a favor da castidade. Pois tal movimento não me espantaria mais do que o motim dos padres contra a própria.”
“As feministas querem reduzir a mulher a um macho mal-acabado”.
“Qualquer indivíduo é mais importante que toda a Via Láctea.”
“Os padres querem casar. Mas quem trai um celibato de 2 mil anos há de trair um casamento em quinze dias.”
O interessante caro leitor, é que ambos os escritores eram apaixonados por suas mulheres. Jorge Amado por sua Zélia Gattai e Nelson Rodrigues por Elza Bretanha. Nelson morreu no dia 21 de dezembro de 1980 no Rio de Janeiro, no fim da tarde. Ele faria treze pontos na loteria esportiva em um “bolão” com o seu irmão Augusto e seus amigos do “O Globo”. Dois meses após morte, Elza cumpriu o pedido de ainda em vida: gravar o seu nome ao lado dele na lápide, sob a inscrição: “Unidos para além da vida e da morte. É só”.
Luxúria na poesia
Escolhi uma para representar as demais que falam do mesmo tema. É um poema da poetiza portuguesa Antônia Ruivo e se chama: Luxúria tu és rainha.
* Luxúria tu és rainha:
Luxúria erva daninha
Do prazer és rainha
A culpa não é tua
É minha…
Encontro-me nua
E… crua
Envolta na lua
Prazeres carnais
E outros que mais
Luxúria,
Estandarte em arrais
Abres as portas
Aos vícios mundanos
Dos pobres humanos
Insanos…
Masturbação dos profanos
Desvios morais
Dos seres normais
E, outros que tais
Luxúria,
Vendavais, em ais
Tantos prazeres consensuais
Nos pecados capitais…
Antónia Ruivo
Provérbio: Há um provérbio de um autor anônimo que trata a luxúria com muita particularidade. É para mim um hino de louvor à mulher e se chama: Não sei se é luxúria... mas...
* Não sei se é luxúria... mas...
Toda a mulher tem suas delícias...
Cada parte de seu corpo tem um aroma inebriante...
Não há fruta que tenha a pele mais macia...
Não há pele que seja mais agradável ao toque do lábios que a da mulher...
A mulher tem cabelos onde um homem poderia se perder eternamente sem nunca mais querer ser encontrado...
O seu corpo tem o calor mais perfeito que conforta a alma...
Seus olhos são jóias inestimáveis...
Sua voz é um doce encanto, que embala os ouvidos mais brutos...
Seus traços suaves e suas mãos delicadas são o desejo dos anjos...
Deus não é homem, certamente Deus é mulher.
Anseio pelo dia que possa me perder no mar de suas carícias.
Ass. um humilde devoto.
Um amigo querido, referendo-se à luxúria disse-me certa vez: “Se eu deixar de comete-la não sei se irei para o céu, pois terei que observar os outros seis pecados capitais. Por via de dúvidas, fico com a luxúria, pois é o único que me leva ao céu, aqui, ainda na terra”. Que heresia.
Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-45053655359116258192012-09-03T19:19:00.001-03:002012-09-03T19:27:36.516-03:00A GULA - DO LIVRO:OS SETE PECADOS CAPITAIS (2010) FERNANDO MARTINS FERREIRA
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAVN0SvYR8WoN1Fqspa-er24LUa5k7U5rF0x-HCTla-M68wR05NPWMlJfKO6A7Ol8wh6hDInwYBTnSr7w61NrgJMOzi36TxMhF-yMnoxN7HeqqsN_FFZhpySENv1V-OZWpQDXaZeA8Mv0/s1600/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAVN0SvYR8WoN1Fqspa-er24LUa5k7U5rF0x-HCTla-M68wR05NPWMlJfKO6A7Ol8wh6hDInwYBTnSr7w61NrgJMOzi36TxMhF-yMnoxN7HeqqsN_FFZhpySENv1V-OZWpQDXaZeA8Mv0/s320/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" /></a></div>
A Gula
“A gula é uma fuga emotiva, um sinal de que alguma coisa nos está a devorar”.
P. de Vries
A gula é o excesso de comer, beber e tem como característica o engolir e não digerir, é também tudo aquilo que comemos depois de já estarmos satisfeitos. Na sua simbologia maior significa voracidade.
O guloso come a toda hora e além do necessário. Para alguns o prazer de comer passa a ser um fim em si mesmo e tem nisso sua satisfação e se frustram quando a refeição não é suculenta e farta.
A gula é às vezes irresistível pois não podemos nos esquecer de que o prazer oral é o primeiro prazer que experimentamos, pois é pela boca que trocamos com a mãe os primeiros contatos, que nos alimentamos para viver, que sentimos as primeiras emoções e que experimentamos sensações diversas. A gula portanto é compensatória, primitiva, e um recurso para abafar nossas frustrações. Nos traz a sensação de conforto, pois nos lembra a amamentação, o aconchego do seio materno. Segundo a escritura norte-americana, Francise Prose em seu livro “Gula”, de “todos os sete pecados capitais, a gula talvez tenha a história mais intrigante e paradoxal”.
“As maneiras como o pecado tem sido encarado evoluíram de acordo com as obsessões mutantes da sociedade e da cultura”. – Realmente, pois na Roma Antiga a gula era considerada normal pois os romanos festeiros como eram, participavam às vezes de mais de uma festa por dia. Caso não se comesse a fartar-se seria considerado uma ofensa para o anfitrião. Existiam nas residências até mesmo a figura do vomitódromo, pois comiam, provocavam o vômito e comiam novamente. Isso era o usual. Diversos filmes de época retratam isso. Já no renascimento comer demasiadamente significava incorrer em uma idolatria que afastava as pessoas de Deus. Após a revolução industrial sucumbir a tentação da gula passou a ser sinal de prosperidade.
O fato é que comer é necessário à sobrevivência então como estabelecer limites entre a alimentação ideal e a gula? Do “Verba Seniorum” (Sabedoria dos Antigos) nos vem uma lição:
- “O abade pastor passeava com o monge de Sceta, quando foram convidados para comer. O dono da casa, honrado pela presença dos padres, mandou servir o que havia de melhor. Entretanto o monge estava no seu período de jejum. Quando a comida chegou, pegou uma ervilha e mastigou-a lentamente e nada mais comeu. Na saída, o abade pastor conversou com ele: - Irmão quando for visitar alguém, não torne a sua santidade uma ofensa. Da próxima vez que estiver em jejum, não aceite convites para jantar”.
A igreja prega o comer sem prazer, evitando-se o culto dos sentidos que pode nos levar ao pecado. Conta-se que São Francisco de Assis colocava cinzas sobre a comida para eliminar qualquer vestígio de sabor. O ato de comer, o pecado foi levado tão a sério que as santas Catarina de Sena, Clara de Assis e Verônica, chegaram a ser advertidas pelos membros do clero por seus jejuns exagerados. Afirmavam esses, que elas podiam incorrer no pecado da soberba pelo “heroísmo” de tamanha penitência.
A Bíblia em Eclesiástico 37: 32-34 nos adverte: “Não sejas ávido em banquete algum e não te lances sobre todos os pratos. Pois em muita comida entra a doença e a intemperança conduz à cólica. Pela gula insaciável muitos perecem quem porém, é sóbrio, prolonga a vida”.
Sábia Bíblia, pois a gula é a porta aberta para a obesidade que nos traz doenças como hipertensão, doenças cardiovasculares, cérebro-vasculares, diminuição do HDL (colesterol bom), diabetes, infertilidade entre outras.
Devemos dizer não à gula, ao desejo incontrolável por comida equilibrando-nos e nos impondo limites, assegurando o domínio da inteligência sobre os instintos e dominando assim nossas vontades e não sendo dominado por elas. Gula é o resultado final da baixo estima, insegurança, depressão e tristeza.
Agora veja o caso a seguir:
Na França existe uma associação denominada “Associação dos Assuntos da Gula”. Era liderada pelo que foi considerado o maior padeiro de todos os tempos Lionel Poilane (morto recentemente em um desastre de helicóptero). São afiliados dessa associação os grandes chefs da cozinha francesa e internacional, entre eles o famoso Paul Bocuse, escritores e celebridades. Pois bem, a associação, hoje liderada pela filha de Lionel encaminhou ao Papa João Paulo II uma petição para que ele retirasse a gula dos pecados capitais.
Você caro leitor acredita que a igreja o retirará? Eu não.
Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-35967702025071558802012-08-28T10:46:00.000-03:002012-08-28T10:46:39.029-03:00A AVAREZA - DO LIVRO: "OS SETE PECADOS CAPITAIS"(2010)-FERNANDO MARTINS FERREIRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDiXmgrrN-8zrcX-bkTiiyM3Z5q1xNL2hXInS4BF1bmNw6XvRg3i1KQiZP0LRCEZRPmRwKsQjsuglH5skXtRHVg9Vo5wZXkJA_zl1NJAyN6Dikmbf6gWBpfxnmgNWCWC0Z69T2Gq7G5g4/s1600/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDiXmgrrN-8zrcX-bkTiiyM3Z5q1xNL2hXInS4BF1bmNw6XvRg3i1KQiZP0LRCEZRPmRwKsQjsuglH5skXtRHVg9Vo5wZXkJA_zl1NJAyN6Dikmbf6gWBpfxnmgNWCWC0Z69T2Gq7G5g4/s320/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" /></a></div>
A Avareza
“O avarento é o mais leal depositário dos bens de seus herdeiros”
Marquês de Marica
A avareza simboliza o desejo desordenado pelos bens terrestres. Segundo o conceito cristão, o homem se preocupa em acumular bens que não consegue levar para o céu e que conduz à idolatria, por tratar algo como se fosse de Deus.
E a cobiça dos bens materiais e dinheiro entende-se como a ambição por riquezas. É também o desejo veemente, intenso e violento de possuir algo.
O avaro tem apego excessivo a alguma coisa levado pelo grande medo de faltar, é sinônimo de ganância ou seja, vontade exagerada de posse. Para o avaro, os bens materiais deixam se ser um meio para aquisição de bens e serviços para a satisfação de necessidades, mas um fim em si.
No conceito popular é o muquirana, o pão duro, o sovina, o unha de fome, o mão de vaca, o Nhônhô Correia (personagem de uma novela da TV Globo).
O personagem Tio Patinhas da Disney, personifica o quadro, se lembra dele?
O “avarento” renega aos próprios desejos e necessidades para apenas ter uma possibilidade de gozar de fato, de poder assim possuir um pouco mais de dinheiro em sua conta bancária. Não liga a mínima para valores imateriais como cultura, arte, amor, inteligência, beleza, pois são elementos abstratos e não podem ser transformados em dinheiro.
Não sabem apreciar, mas às vezes usam desses valores para se enriquecer um pouco mais.
Veja o exemplo a seguir: Conta-se que nos alpes italianos existia um pequeno vilarejo que se dedicava à cultura de uvas para a produção de vinho. Uma vez por ano acontecia uma grande festa para comemorar o sucesso da colheita e se fazer novos negócios. Para lá se dirigiam comerciantes e exportadores de vinho da região. A tradição exigia que nesta festa cada morador do vilarejo trouxesse um garrafão do seu melhor vinho para colocar dentro de um grande barril que ficava na praça central. Assim todos se serviam do vinho, festejavam e faziam grandes negócios. Porém, um dos moradores pensou: “Por que deverei levar um garrafão do meu melhor vinho? Levarei água pois no meio de tanto vinho bom o meu não fará falta. Guardarei o meu e o venderei por um bom preço e assim aumentarei um pouco mais a minha fortuna”. Assim pensou e assim fez o avarento produtor.
Conforme o costume, em determinado momento, todos se reuniram na praça, cada um com sua caneca, para provar aquele vinho, cuja fama se estendia muito além da fronteira do país. Contudo, ao abrir a torneira um absoluto silêncio tomou conta da multidão. Do barril saiu ... água!
A ausência de minha parte não fará falta foi o pensamento de cada um dos produtores.
O escritor Ralph Waldo Emerson, em “A conduta para vida”, diz sabiamente: - “Há homens nascidos para possuir e que sabem vivificar tudo que possuem. Outros não o sabem; a sua riqueza falta graça, parece um compromisso firmado com o seu caráter. Dir-se-ia que roubam os próprios dividendos. Deveriam possuir aqueles que sabem administrar, não os que acumulam e dissimulam, não aqueles que quanto mais possuem, mais mendicantes se mostram, porém aqueles cuja atividade da trabalho a maior número, abre caminho para todos”.
Segundo São Tomás de Aquino, o grande filósofo cristão, a avareza possui sete filhos: a traição, a fraude, a mentira, o perjúrio, a inquietude, a violência e a dureza do coração. Segundo ele a avareza comporta atitudes, uma das quais é o excesso de apego ao que se tem, do qual procede a dureza do coração, o ser desumano que se opõe à misericórdia, porque evidentemente o avaro endurece o seu coração e não se vale de seu bens para socorrer misericordiosamente o próximo. Inquietude: na ânsia de amealhar bens, o homem se torna preocupado, desconfiado e inquieto. Violência: Pois na ânsia de amealhar bens alheios ele pode servir-se da força ou violência.
E se ele engana alguém para lucrar, seria mentira e se essas palavras enganosas forem acompanhadas de juramento será perjúrio. Por amor ao dinheiro muitos praticam a mentira, a fraude. Quantos quilos que só possuem 900 gramas, quantos litros que só tem 980 ml, quantos produtos falsificados (combustível, entre tantos). Quanta trapaça, quanta enganação em nome da avareza.
Todo avarento é pobre, vive sentado sobre o seu dinheiro, não gasta nada, passa até privações, não oferece nada a ninguém e guarda seus bens com a ferocidade de um animal selvagem.
Ele com certeza é um infeliz pois vive eternamente em guarda, com medo de perder o seu rico dinheirinho ou outro bem que possui. Desconfia de tudo e de todos, achando que as pessoas se aproximam dele somente com a finalidade de extorquir-lhe algo. Não existe a avareza somente com bens e dinheiro, existem os avaros de carinho, de solidariedade, o avaro de amor, pois o avaro não conjuga e até mesmo odeia o verbo dar. O pecado da avareza não é uma prerrogativa dos ricos e endinheirados. Existem também os muitos pobres, avarentos de coração, secos, incapazes de um beijo, de um afago, muito menos de uma lágrima, pois esses gestos transmitem amor, e eles não sabem e têm medo de se doar. Pessoas que dão excessivo valor aos bens materiais precisam acreditar que são superiores para compensar um profundo complexo de inferioridade e crença na falta de sentido em que vivem.
Para Carlos Heitor a avareza é: “O excesso de amor aos bens materiais. Nos dias atuais o neoliberalismo é avaro quando prega o lucro acima de tudo. É a avareza em estado exacerbado”.
Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-47764340624586579482012-08-20T17:32:00.003-03:002012-08-20T17:32:58.005-03:00"A PREGUIÇA" DO LIVRO "OS SETE PECADOS CAPITAIS" (2010)-FERNANDO MARTINS FERREIRA
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKqp9BHhi1NcYzNNl2vOEYZkFT2y3B2n18ABArweM0Lf-wom2G8YrUKijVia-LfzTdXTWAN2vu8Qyd7yA-tt9zxSHlHDqq1ox_zvRnBQDIYmUpTScVseovAFVUY1J03hTUa1TZHfULuww/s1600/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKqp9BHhi1NcYzNNl2vOEYZkFT2y3B2n18ABArweM0Lf-wom2G8YrUKijVia-LfzTdXTWAN2vu8Qyd7yA-tt9zxSHlHDqq1ox_zvRnBQDIYmUpTScVseovAFVUY1J03hTUa1TZHfULuww/s320/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" /></a></div>
A PREGUIÇA
“A preguiça anda tão devagar que a miséria facilmente a alcança”.
Benjamim Franklin
A preguiça é definida como aversão ao trabalho, negligência, indolência, pachorra, moleza, morosidade e lentidão para fazer qualquer tarefa. O preguiçoso sente um aborrecimento natural pelo trabalho do dia-a-dia e tem um apego enorme ao descanso que o leva a imitir suas obrigações ou descuidá-las. O preguiçoso é na verdade uma pessoa que não gera expectativa e sempre desvia de qualquer culpa que possa recair sobre ele. É portanto, sempre liso, escorregadio, é aquela pessoa que deixa sempre suas tarefas, os seus afazeres, para depois. É adepto do desculpismo e justifica sua preguiça com desculpas esfarrapadas do tipo: – “Amanha eu faço” – passam-se os dias e ele é cobrado pelo que não fez e ele arranja mais desculpas. Existem outras: – “Não posso, estou sem tempo” – já reparou que o preguiçoso está sempre sem tempo?
- “Não fiz porque não estou me sentindo bem”: Porque não procura um médico para se tratar?
- “Durmo muito porque estou cansado”: Dorme dorme e nunca está descansado, sempre precisa dormir mais.
- “Não fiz o relatório porque não deu tempo”: Não deu tempo porque empurrou a tarefa, porque é desorganizado e não administra o seu tempo.
- “Nossa! Me esqueci completamente”: Esqueceu-se? Porque não anotou?
- “Amanha farei essa arrumação”: Sempre amanhã, engana a si próprio.
Note que o preguiçoso está sempre fazendo os outros esperar porque não se organiza e não tem respeito com as pessoas. Chega sempre atrasado aos compromissos sofrendo com isso admoestações diversas.
Está sempre perdendo objetos, não sabe nunca onde deixou aquela chave, os óculos, um livro ou a carteira. Desorganizado que é, perde precioso tempo na busca dos objetos. Não é adepto do abriu-fechou, acendeu-apagou, sujou-limpou.
Podemos dizer que a preguiça se subdivide em preguiça espiritual e preguiça corporal. A primeira é a falta de ânimo, de coragem para o cumprimento dos deveres religiosos na oração e o segundo é mesmo o desleixo de nossas obrigações corporais.
Segundo o Budismo, a preguiça é um dos principais obstáculos ao despertar da nossa alma. Ela se manifesta de três maneiras:
a) A preguiça do conforto, que nos faz permanecer sempre no mesmo lugar;
b) A preguiça do coração quando nos sentimos desencorajados e desestimulados;
c) A preguiça da amargura quando nada mais importa e já não somos parte deste mundo.
Seja qual for a religião, a preguiça é algo que deve ser combatido e pode ter modificações psicológicas ou fisiológicas no indivíduo. Portanto, a pessoa acometida de preguiça necessita estudar as circunstancias em que se encontra e traçar objetivos de modo que seja conveniente para si e para os demais.
O que pode causar a preguiça?
- Frio: O corpo necessita de movimento para manter-se aquecido.
- Noite mal dormida: O sono faz com que as pessoas tenham seus movimentos e raciocínios limitados.
- Ambiente calmo: Estimulam a indisposição e dão sono.
- Má alimentação: Não gera energia suficiente para o organismo e dá moleza e indisposição.
- Acúmulo de serviço: Faz com que a pessoa adie suas responsabilidades.
- Excesso de comida ou bebida: Provoca a moleza e o sono.
E no que resulta a preguiça?
- Em desânimo: A pessoa não tem atitude de mudar o comportamento
- Em fracasso: A pessoa não tem vontade de realizar nada e se torna ultrapassado, não conseguindo “prosperar” na vida pessoal e profissional.
- Em problemas de saúde: Quem não se movimenta tem mais chances de contrair doenças.
- Em necessidades: Aquele que não trabalha necessita de outros para manter suas atividades.
A preguiça no entanto, pode ser contornada se o indivíduo procurar ter uma vida mais saudável de modo a melhorar sua indisposição através de uma alimentação adequada.
É recomendável também a mudança de hábitos trocando-os por outros que lhe tragam maior satisfação além de organizar melhor o seu tempo, o espaço onde vive e a vida. Enfim, procurar coisas que dê satisfações e mais sentido à vida.
O escritor espiritualista Divaldo Franco em seu livro “Conflitos Existenciais” recomenda contra a preguiça:
a) Exercício, movimentação, afim de preservar a própria estrutura física,
b) Exercitar a mente com pensamentos saudáveis,
c) Pensar é uma benção. Auxilia a capacidade do raciocínio afim de elaborar projetos que mantenham o entusiasmo e a alegria de viver,
d) Terapia para a preguiça,
e) Interrogar-se por que estou sofrendo? Até quando suportarei essa situação?
O despertar terapêutico, segundo Divaldo Franco, começa a surgir com a vergonha pelo estado que se encontra, dando início ao labor de renovação interna. Surge então, o natural desejo para a recuperação passando a ver a preguiça como enfadonha e monótona.
Conta uma história da tradição oral que:
Assim que morreu, José encontrou-se num belíssimo lugar rodeado de conforto e beleza. Um sujeito vestido de branco aproximou-se dele e disse: - “José, você tem o direito de pedir o que quiser: Qualquer alimento, prazer ou diversão”.
Encantado, José aproveitou e fez tudo o que queria fazer durante a vida e não fez. Bebidas, mulheres lindas, festas intermináveis e jogos.
A vida lhe sorria de domingo a domingo, mas acontece que até dos excessos de prazeres, o homem se cansa. E depois de muitos anos, procurou o sujeito de branco:
- Já experimentei tudo o que tinha vontade, disse.
- Preciso agora de um trabalho, o menor que seja, para me sentir útil.
- Sinto muito – Disse o sujeito de branco – mas esta é a única coisa que não posso conseguir. Aqui não há trabalho.
- Que isso? – gritou surpreso o José – Passar a eternidade morrendo de tédio? Está louco? Não quero. Prefiro mil vezes estar no inferno.
O homem de branco aproximou-se e disse em voz baixa: - E onde o senhor pensa que está?
Não devemos, no entanto, confundirmos repouso com preguiça. O repouso é necessário e é o momento em que se processa o importante trabalho do armazenamento da força vital dentro de nós.
Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-73473402912054702762012-08-14T09:34:00.000-03:002012-08-14T09:35:28.630-03:00A PREGUIÇA - DO LIVRO ''OS SETE PECADOS CAPITAIS" DE FERNANDO MARTINS FERREIRA
“A preguiça anda tão devagar que a miséria facilmente a alcança”.
Benjamim Franklin
A preguiça é definida como aversão ao trabalho, negligência, indolência, pachorra, moleza, morosidade e lentidão para fazer qualquer tarefa. O preguiçoso sente um aborrecimento natural pelo trabalho do dia-a-dia e tem um apego enorme ao descanso que o leva a imitir suas obrigações ou descuidá-las. O preguiçoso é na verdade uma pessoa que não gera expectativa e sempre desvia de qualquer culpa que possa recair sobre ele. É portanto, sempre liso, escorregadio, é aquela pessoa que deixa sempre suas tarefas, os seus afazeres, para depois. É adepto do desculpismo e justifica sua preguiça com desculpas esfarrapadas do tipo: – “Amanha eu faço” – passam-se os dias e ele é cobrado pelo que não fez e ele arranja mais desculpas. Existem outras: – “Não posso, estou sem tempo” – já reparou que o preguiçoso está sempre sem tempo?
- “Não fiz porque não estou me sentindo bem”: Porque não procura um médico para se tratar?
- “Durmo muito porque estou cansado”: Dorme dorme e nunca está descansado, sempre precisa dormir mais.
- “Não fiz o relatório porque não deu tempo”: Não deu tempo porque empurrou a tarefa, porque é desorganizado e não administra o seu tempo.
- “Nossa! Me esqueci completamente”: Esqueceu-se? Porque não anotou?
- “Amanha farei essa arrumação”: Sempre amanhã, engana a si próprio.
Note que o preguiçoso está sempre fazendo os outros esperar porque não se organiza e não tem respeito com as pessoas. Chega sempre atrasado aos compromissos sofrendo com isso admoestações diversas.
Está sempre perdendo objetos, não sabe nunca onde deixou aquela chave, os óculos, um livro ou a carteira. Desorganizado que é, perde precioso tempo na busca dos objetos. Não é adepto do abriu-fechou, acendeu-apagou, sujou-limpou.
Podemos dizer que a preguiça se subdivide em preguiça espiritual e preguiça corporal. A primeira é a falta de ânimo, de coragem para o cumprimento dos deveres religiosos na oração e o segundo é mesmo o desleixo de nossas obrigações corporais.
Segundo o Budismo, a preguiça é um dos principais obstáculos ao despertar da nossa alma. Ela se manifesta de três maneiras:
a) A preguiça do conforto, que nos faz permanecer sempre no mesmo lugar;
b) A preguiça do coração quando nos sentimos desencorajados e desestimulados;
c) A preguiça da amargura quando nada mais importa e já não somos parte deste mundo.
Seja qual for a religião, a preguiça é algo que deve ser combatido e pode ter modificações psicológicas ou fisiológicas no indivíduo. Portanto, a pessoa acometida de preguiça necessita estudar as circunstancias em que se encontra e traçar objetivos de modo que seja conveniente para si e para os demais.
O que pode causar a preguiça?
- Frio: O corpo necessita de movimento para manter-se aquecido.
- Noite mal dormida: O sono faz com que as pessoas tenham seus movimentos e raciocínios limitados.
- Ambiente calmo: Estimulam a indisposição e dão sono.
- Má alimentação: Não gera energia suficiente para o organismo e dá moleza e indisposição.
- Acúmulo de serviço: Faz com que a pessoa adie suas responsabilidades.
- Excesso de comida ou bebida: Provoca a moleza e o sono.
E no que resulta a preguiça?
- Em desânimo: A pessoa não tem atitude de mudar o comportamento
- Em fracasso: A pessoa não tem vontade de realizar nada e se torna ultrapassado, não conseguindo “prosperar” na vida pessoal e profissional.
- Em problemas de saúde: Quem não se movimenta tem mais chances de contrair doenças.
- Em necessidades: Aquele que não trabalha necessita de outros para manter suas atividades.
A preguiça no entanto, pode ser contornada se o indivíduo procurar ter uma vida mais saudável de modo a melhorar sua indisposição através de uma alimentação adequada.
É recomendável também a mudança de hábitos trocando-os por outros que lhe tragam maior satisfação além de organizar melhor o seu tempo, o espaço onde vive e a vida. Enfim, procurar coisas que dê satisfações e mais sentido à vida.
O escritor espiritualista Divaldo Franco em seu livro “Conflitos Existenciais” recomenda contra a preguiça:
a) Exercício, movimentação, afim de preservar a própria estrutura física,
b) Exercitar a mente com pensamentos saudáveis,
c) Pensar é uma benção. Auxilia a capacidade do raciocínio afim de elaborar projetos que mantenham o entusiasmo e a alegria de viver,
d) Terapia para a preguiça,
e) Interrogar-se por que estou sofrendo? Até quando suportarei essa situação?
O despertar terapêutico, segundo Divaldo Franco, começa a surgir com a vergonha pelo estado que se encontra, dando início ao labor de renovação interna. Surge então, o natural desejo para a recuperação passando a ver a preguiça como enfadonha e monótona.
Conta uma história da tradição oral que:
Assim que morreu, José encontrou-se num belíssimo lugar rodeado de conforto e beleza. Um sujeito vestido de branco aproximou-se dele e disse: - “José, você tem o direito de pedir o que quiser: Qualquer alimento, prazer ou diversão”.
Encantado, José aproveitou e fez tudo o que queria fazer durante a vida e não fez. Bebidas, mulheres lindas, festas intermináveis e jogos.
A vida lhe sorria de domingo a domingo, mas acontece que até dos excessos de prazeres, o homem se cansa. E depois de muitos anos, procurou o sujeito de branco:
- Já experimentei tudo o que tinha vontade, disse.
- Preciso agora de um trabalho, o menor que seja, para me sentir útil.
- Sinto muito – Disse o sujeito de branco – mas esta é a única coisa que não posso conseguir. Aqui não há trabalho.
- Que isso? – gritou surpreso o José – Passar a eternidade morrendo de tédio? Está louco? Não quero. Prefiro mil vezes estar no inferno.
O homem de branco aproximou-se e disse em voz baixa: - E onde o senhor pensa que está?
Não devemos, no entanto, confundirmos repouso com preguiça. O repouso é necessário e é o momento em que se processa o importante trabalho do armazenamento da força vital dentro de nós.
Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-82964877040848538902012-08-10T11:28:00.001-03:002012-08-10T11:28:05.223-03:00VAI SAIR HOJE? TEXTO DO ESCRITOR FLAVIO MARCUS DA SILVA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqNxbl79myBtAccH_gxCEFgsPWgaEWqW5XdkUtU-0M_vYtqesAT5Lgy1y3QSCjNvhWrMg-tpgc_F-wiDuo_ImrsHBgl8RdhBn7kzbB8JxkzIS9uTaOgCXOVoEtPMocovI_brx1fV6rQb8/s1600/-+foto+do+Fl%25C3%25A1vio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="77" width="54" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqNxbl79myBtAccH_gxCEFgsPWgaEWqW5XdkUtU-0M_vYtqesAT5Lgy1y3QSCjNvhWrMg-tpgc_F-wiDuo_ImrsHBgl8RdhBn7kzbB8JxkzIS9uTaOgCXOVoEtPMocovI_brx1fV6rQb8/s320/-+foto+do+Fl%25C3%25A1vio.jpg" /></a></div>
Vai sair hoje?
O ano era 1987. O local, o pátio de um colégio cinzento, onde adolescentes jogavam bola,conversavam ou ficavam parados, em silêncio, ao redor das quadras de vôlei, peteca efutebol, esperando terminar o horário da Educação Física. O tempo não passava naquelecolégio. Cada aula parecia durar uma eternidade, e quando o último sinal tocava, eu ia embora, feliz da vida, pensando: “Agora eu vou fazer o que eu gosto”.
Mas no pátio daquele colégio triste, numa manhã de quinta-feira do ano de 1987, uma
adolescente baixinha perguntou à sua colega: “Você vai no BEB&RANGO no final de
semana?” E a outra respondeu: “Acho que vou”. As duas tinham doze anos e já “saíam”.
Sair. Este era o verbo mais chique daquele pátio, pois significava “Eu aproveito a vida, sou importante, faço parte da sociedade”: “Eu saio”. E no BEB&RANGO, ao final da tarde(não sei se de sábado ou de domingo), aquelas meninas ficavam andando pra lá e pra cá, de narizes empinados, rindo e conversando com os garotos mais velhos, de 16, 17 ou 18 anos, se achando o máximo dos máximos.
Aos 12 anos eu não saía. Nem aos 13. Nem aos 14. Até o início da década de 90 eu
praticamente não existia para o mundo exterior, somente para a minha família, que às vezes se preocupava com o fato de eu ser tão introspectivo, tão mergulhado em meu mundo
interior: este sim maravilhosamente turbulento e confuso, cheio de cores, ao contrário do universo desbotado e distante daquele colégio e daquele bar tão popular em Pará de Minas na segunda metade da década de 80.
Não sair significava não existir, não viver. “Você não sai, não aproveita a vida”,
costumavam dizer. Eu ouvia isso, mas não entendia, porque eu vivia e aproveitava a vida
intensamente, do meu jeito. Meu maior prazer, quando eu me via livre daquelas aulas
insuportáveis, era a leitura. Eu praticamente lia um livro por tarde, deitado no grande sofá da sala de visitas da minha casa, sem ninguém para me incomodar. Eu me desligava do mundo exterior e mergulhava nas histórias com um prazer imenso, avassalador. Eu sentia minha alma pulsar, agradecendo aquelas palavras e frases que me conduziam por cenários incríveis, em histórias emocionantes, contadas por mestres como Marcos Rey, Lúcia Machado de Almeida, Stella Carr, Júlio Verne e Agatha Christie.
E no início dos anos 90, quando eu descobri autores como Rubem Fonseca e Edgar Allan
Poe, e me recusava a trocá-los por uma saída no Geraldinho sábado à noite, a pressão paraeu sair aumentou, porque eu TINHA que beber, TINHA que ficar com as meninas e provar um monte de coisas para um monte de gente. E eu saía. E era como voltar àquele colégio e ter que assistir sem vontade àquelas aulas inúteis de Danças e Teatros, Educação Moral e Cívica, História e Português. Cheguei até a ficar com algumas meninas, mas quando isso é feito apenas para cumprir uma obrigação social, é ruim, não dá prazer.
Isso acontecia no antigo Bar do Geraldinho, na rua Coronel Domingos, onde a juventude se encontrava pra ficar parada na rua e nos passeios bebendo em pé e vendo os carros
passarem cantando pneu e fazendo fumaça com o som no talo: mais ou menos o que
acontece hoje no Stop & Shop na sexta à noite. Quando eu sentia que minha obrigação
tinha sido cumprida, eu saía de fininho, e ainda aproveitava um restinho da noite em casa, assistindo a alguns programas e filmes da madrugada.
Com relação a isso, minhas angústias só terminaram em 1992, quando eu comecei a
namorar uma menina mais velha, na CEDAF, em Florestal, onde a gente estudava (eu tinha
16 e ela 26), e ela me apresentou à obra do escritor anarquista Roberto Freire, que mudou a minha vida: Cleo e Daniel, Ame e dê vexame, Sem tesão não há solução e Coiote, livros que me mostraram a beleza de ser aquilo que você realmente é, de corpo e alma, sem se preocupar com o que os outros pensam de você. Em 92 e 93 participei de palestras e oficinas do grupo SOMA, fundado pelo próprio Roberto Freire, e aprendi a me conhecer melhor e a valorizar mais minha originalidade única, ligada ao meu prazer de ser e estar no mundo.
Minha vida melhorou muito depois disso, mas hoje penso que a utopia anarquista de uma
sociedade totalmente livre de qualquer forma de poder e opressão é um sonho impossível.
Somos escravos de uma série de convenções e regras sociais, que nos impedem muitas
vezes de sentir o verdadeiro prazer de existir. Tais regras são tão implacáveis, que a gente acaba criando para nós uma felicidade artificial, baseada em coisas efêmeras, como “ter aquele carro”, “ter aquele notebook”, “ter aquele cargo”, “ter aquele apartamento”, “ter aquela aposentadoria”, “ter aquele corpo sarado”, “ter aquela mulher gostosa”, “ter aquela mulher rica”, etc., enquanto a nossa originalidade única, a nossa natureza e o nosso prazer (autêntico, verdadeiro) vão ficando em segundo plano, até desaparecerem quase por completo sob o peso da ideologia burguesa e de sua frase mais emblemática: “O importante não é fazer o que se gosta, mas gostar do que se faz”.
Só que a gente raramente se dá conta de que esse último “gostar” da frase é, muitas vezes, uma criação artificial, que apaga o nosso ser verdadeiro, o nosso tesão de existir.
Prefiro a frase do Caetano: “Um porto alegre é melhor que um porto seguro para essa nossa viagem no escuro”.
QUEM É FLÁVIO MARCUS DA SILVA
Nascido em Pará de Minas- MG em 1975. Possui graduação em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997) e doutorado pela Universidade federal de Minas Gerais (2002) com estágio (Doutorado- sanduíche/CAPES) na Universidade de Lisboa- Portugal (2002). Atualmente é Vice- diretor da Faculdade de Pará de Minas- FAPAM-(MG) onde já exerceu os cargos de Coordenador do Curso de História, coordenador do NUPE- Núcleo de Pesquisa, e foi professor nos cursos de História e Administração. Atualmente leciona nos cursos de Direito e Pedagogia. É autor do livro SUBSISTENCIA E PODER: a política do abastecimento alimentar nas Minas Setecentistas (Editora UFMG -2008) e de artigos publicados em periódicos e livros de História. Um de seus trabalhos foi publicado no livro HISTÓRIA DE MINAS GERAIS- As Minas Setecentistas (Editora Autentica 2007) obra vencedora do PREMIO JABUTI
2008 na categoria Ciências Humanas. Atualmente exerce também a função de Pesquisador Institucional da Faculdade de Pará de Minas junto ao Ministério da Educação, sendo responsável pelo acompanhamento dos processos e renovação de reconhecimento dos cursos de graduação da IES. Em 2009 foi eleito para a Academia de Letras de Pará de Minas.
www.nwm.com.br/fmsFernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-53179405565615228472012-08-07T09:33:00.001-03:002012-08-07T09:35:16.676-03:00A IRA - DO LIVRO: OS SETE PECADOS CAPITAIS(2010)-FERNANDO MARTINS FERREIRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoF-hl8Mr-r9pUCBqx61vWQeHcGjp6oZxbd3k-GSv-lTVt0wsvEpiaYk4tiky3ZYW__gWGYjuEZJcyFZBuPOr6ijl-d3z8gzr63LgCBanlS484h9enVOzKb75qoOA19bzcTtzNFEs1Bek/s1600/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoF-hl8Mr-r9pUCBqx61vWQeHcGjp6oZxbd3k-GSv-lTVt0wsvEpiaYk4tiky3ZYW__gWGYjuEZJcyFZBuPOr6ijl-d3z8gzr63LgCBanlS484h9enVOzKb75qoOA19bzcTtzNFEs1Bek/s320/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" /></a></div>
A Ira
“A ira começa com o desatino e acaba com o arrependimento”.
Hasdai
Diz o dicionário que a ira é o intenso e descontrolado sentimento de raiva, ódio, zanga, indignação, desejo de vingança, paixão desenfreada que nos incita contra alguém ou algo.
Esses sentimentos estão estritamente associados à desonra, brigas e desavenças de toda a espécie. É preciso distinguir entre ira e cólera, raiva e ódio. O ódio e a raiva de certa forma são a ira reprimida e são emoções destrutivas.
A ira provoca maus pensamentos fazendo com que muitas vezes façam acusações injustas gerando com isso brigas e desavenças.
Na verdade por baixo de toda a ira quase sempre detectamos medo. O medo de errar, de expressar, de perder espaço, enfim, ao invés de parar, pensar ou até mesmo temer, as pessoas atacam para se defender. Cada um de nós, se analisarmos com cuidado, já tivemos um tempo de ira e se pensarmos bem podemos cultivá-la dentro de nossa casa assistindo a filmes de extrema violência e crueldade, de heróis sanguinários que matam centenas de pessoas para vingar ofensas e injustiças.
Nós e nossos filhos vamos dessa forma nos programando para reagir e as vezes somos levados ao arrebatamento que se traduz em berros e desaforos.
Não se iluda, caro leitor, a inquietação é a variação do temor, do medo e ela também destrói a saúde física, a paz espiritual provocando conflitos.
A Bíblia nos ensina: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre vossa ira” (Efésios, 4;26). Já em Provérbios 22, versículos 24 e 25 temos: “Não te associe-se com o iracundo, nem andes com o homem colérico, para que não aprendas as suas veredas e assim enlaces a tua alma”.
Iracundo é aquela pessoa de cara amarrada, fechada que não esboça sequer um sorriso, que parece estar chupando limão dia e noite. É com certeza um ser azedo. Se dorme durante o dia, acorda mau humorado e com três pedras na mão e se não dorme, fica mau humorado por isso.
Essas pessoas, sinceramente, me aborrecem e me cansam. Fazem como dizia Oduvaldo Viana Filho: “Do medo de viver um espetáculo de coragem”. Estão sempre em posição de combate vendo o mundo como adversário. Não olham para frente, vivem lutando contra quimeras, falta lhes o equilíbrio, bom senso e serenidade.
A ira atenta contra os outros mas pode voltar-se, contra aquele que deixa o ódio plantar semente em seu coração.
Existe o registro que em 1879, o professor Gates da Universidade de Harward nos Estados Unidos, apresentou os resultados de um experimento sobre os liquefeitos obtidos pela condensação do ar expelido pelos pulmões de um paciente. O seu experimento constituiu em introduzir um tubo de borracha na boca do paciente colocando a outra extremidade desse tubo dentro de um liquido químico que continha uma mistura de um iodeto com outra substância. O tubo de borracha foi resfriado de tal modo que o ar que saísse dos pulmões se condensasse ao passar por ele (o ar era mais quente) e pingasse dentro do líquido químico.
Enquanto o paciente estava calmo e feliz, não houve nenhuma alteração no líquido químico, entretanto, quando foi provocada uma ira repentina no paciente, formou-se um precipitado de cor castanha dentro do recipiente com a mistura química.
Dando sequência ao experimento, o professor Gates injetou o sumo obtido em pessoas e animais e constatou surpreso que eles ficavam excitados e nervosos.
Comprovou assim que a ira produz substancias tóxicas ao organismo, as quais são expelidas até pela respiração e se essas toxinas passam pelos pulmões, é certo que causam danos a eles.
Podemos comparar a toxina produzida pelo organismo humano nos momentos de ira ou de temor ao veneno que a cobra cascavel expele das presas quando ataca a vítima. Só que a cascavel possui uma bolsa para armazenar esse veneno, o qual é eliminado do organismo, enquanto no corpo humano não existem reservatórios desse tipo. Logo, no homem a toxina formada pela ira ou temor acaba circulando por todo organismo, prejudicando a si próprio.
Veja o seguinte exemplo:
Desde a infância Martim Luther King sofreu os rigores da discriminação racial. Seu filho Martim Luther King Jr. abraçou sua causa em favor dos direitos civis dos negros e foi assassinado em 1968. Um ano depois outro filho de King morreu afogado em uma piscina. Em 1974, novo golpe, sua esposa foi abatida por uma saraivada de tiros, disparado por um jovem enquanto tocava piano em pleno culto de sua igreja. Em 1984, perto de morrer aos 84 anos o velho King disse:
- “Há dois homens que eu deveria odiar. Um deles é branco e o outro é negro, e os dois estão cumprindo pena por homicídio. Não odeio nenhum dos dois, não há tempo para isso, também não há razão. Nada pode rebaixar tanto um homem quanto ele se permitir decair a ponto de odiar alguém”. Como temos que exercitar a serenidade e o perdão!
O interessante é que mesmo após 2000 anos da vinda do mestre dos mestres que nos ensinou a serenidade, o perdão e o amor incondicional não conseguimos fazer isso naturalmente.
Porque ainda então sentimos que nossa raiva é desproporcional, a reação é desproporcional? Por que sentimos às vezes tão sensíveis a hostilidade humana a ponto de qualquer sinal da pessoa com a qual estamos interagindo ficamos alerta de sobre aviso como uma fera? Às vezes basta um olhar ou o tom de voz, um gesto para que reajamos e nos tornemos agressivos, para que a ira se manifeste.
Nos sentimos agressivos, temos enorme dificuldade em perdoar o agressor. A única maneira de invertermos essa poderosa força negativa é com certeza buscarmos desenvolver virtudes de temperança e paciência.Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-62432519300582890162012-07-31T17:17:00.000-03:002012-07-31T17:26:55.769-03:00A INVEJA -DO LIVRO OS SETE PECADOS CAPITAIS (2010) FERNANDO MARTINS FERREIRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2xN7067aoLOCyfdffIZZdj4Z14SPNlKDowlxVKYjww5jgLoOG0oleBna4CV7dgd9K2Ff94mf5bi2mJL9PqdifttiMs6gIUwXYDi5PWoy2D9yYr9ez2-N1NFPbJT1yDzwOIAgM-sIlj1w/s1600/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2xN7067aoLOCyfdffIZZdj4Z14SPNlKDowlxVKYjww5jgLoOG0oleBna4CV7dgd9K2Ff94mf5bi2mJL9PqdifttiMs6gIUwXYDi5PWoy2D9yYr9ez2-N1NFPbJT1yDzwOIAgM-sIlj1w/s320/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" /></a></div>
“A inveja não é quereres o que o outro tem (isso é Cobiça), mas querer que ele não tenha. É essa a grande tragédia do invejoso”.
Zuenir Ventura
Podemos definir a inveja como um misto de raiva, ódio e desgosto provocado pela prosperidade ou alegria de outro. Ela é a antítese da caridade e simboliza o descontentamento em relação aos bens alheios.
O alvo dos invejosos são as pessoas de vontade fraca, indecisos, medrosos, superticiosos, que não se julgam merecedores da felicidade de estar aqui na terra. O fortalecimento interior é a melhor arma contra os invejosos. A inveja é uma das emoções mais primitiva e negada por todos. Invejoso eu? Jamais!...
A inveja não é só a tristeza pelo bem alheio mas a alegria do mal do outro. É um sentimento pequeno de inferioridade, às vezes, inconscientemente. Ao nos sentirmos menores do que o outro, nos aumentamos, nos vangloriamos, nos enaltecemos para evitar o mal estar do desequilíbrio. Quando criticamos, diminuímos, ofendemos e temos a necessidade de falar mal de alguma pessoa, com certeza estamos nos sentindo inferiores à ela.
Na fábula de La Fontaine, (adaptada), uma rã viu um touro que tinha boa estatura. Ela, que era pequena e invejosa, começou a inflar-se para igualar-se ao touro em tamanho. Depois de algum tempo perguntou à irmãzinha:
- Olhe-me, é o bastante? Estou do tamanho do touro?
- De jeito nenhum.
- E agora?
- De modo algum. Você nem se aproxima dele.
O animal invejoso continuou inflando até estourar e morrer.
A inveja definitivamente não nos leva a lugar algum.
Mas o que dizer do “olho gordo” tão afamado? Pois o “olho gordo” é outro nome da inveja. Popularmente o olho gordo é um olho que atrapalha, faz mal, danifica.
O “olho gordo” ou o mau olhado nada mais é do que a “canalização” através dos olhos de uma energia interna gerada pelo desejo intenso de possuir o que é dos outros.
Os possuidores do “olho gordo” são pessoas em permanente estado de descontentamento e que tem complexo de inferioridade mesmo que disfarçado, camuflado, uma vez que não se julgam capazes de conseguir por si mesmos o objeto da cobiça, com certeza são vampiros de energia.
Esse tipo de sentimento existe, está aí, não adianta negarmos. A inveja é capaz de contaminar, sabotar o ambiente. É aquela história da grama do vizinho ser sempre mais verde do que a nossa.
O povo brasileiro, mais do que nenhum povo do mundo, acredita em mau olhado ou olho gordo. Se não fosse assim, como se explicaria o número de figas, patuás, escapulários, bentinhos e fitas, ou o banho de mar e as oferendas no final do ano? Nossas praias ficam lotadas de gente. Isso é fruto de nossas raízes africanas. Quantas vezes ouvimos dizer ou até mesmo dizemos: “Aquela pessoa não tem o olhar bom tem o olhar de seca pimenteira”. Já vimos até um quadro humorístico na TV, com grande sucesso, cujo personagem era o Z(s)eca Pimenteira. Tudo que ele admirava, desejava, morria, explodia, e secava para o desgosto do dono do objeto desejado.
O psicanalista Alberto Godim faz três divisões da inveja:
1 – Inveja Sublimada:
A pessoa admite seus limites, aproveita o talento dos outros. Ela entende o mérito alheio e aceita que existam diferenças segundo os momentos da vida.
2 – Inveja Neurótica:
A pessoa vive dominada por sentimentos invejosos, mas não é necessariamente uma má pessoa. É a principal vítima de sua inveja. É amargo, mal humorado e deprimido.
3 – Inveja Perversa:
É o invejoso destrutivo. Vive para bloquear todas as expressões da criatividade, de beleza, ou de talento que aparecem em sua frente. Acaba bloqueando o seu próprio caminho pelos inimigos que reúne durante a vida. Em geral, esta pessoa é fruto do desamor. Geralmente são pessoas que não amam e não têm capacidade de amar.
Os invejosos mais comuns são:
• O Fofoqueiro: Fala mal daquele por quem sente inveja.
• O Bajulador: “Puxa o saco” de quem sente inveja.
• O Falso Amigo: Sente inveja, mas finge que é amigo.
• O Cego: Nunca acha que é invejoso.
• A Vítima: Sente inveja, mas fica se desvalorizando. Acha que o mundo está contra ele. O mundo sempre lhe deve algo. É o famoso “coitadinho”.
Já para o escritor e espiritualista André Montovanni: “O mau olhado é um olhar ardiloso e sombrio de alguém sobre uma pessoa ou situação. E a inveja não é tão fatal como as pessoas imaginam, pois só entram no jogo os que estiverem na mesma sintonia dessa inveja”.
Continua Montovanni: “O ser humano tem sentimentos diversos e alguma vez na vida os indivíduos sentirão inveja de algo ou de alguém”.
“O que podemos fazer é transformar a inveja em combustível positivo para realizar nossos ideais, ou seja, em vez de desejar o mal dos outros ou se fazer de coitado, isso pode ser um estímulo para ir à luta, ao sol. O que ajuda muito é sempre aplaudirmos o sucesso das pessoas que nos cercam, utilizar esses exemplos de realização para correr atrás de nossa felicidade”, afirma Montovanni.
Segundo ainda ele, sabemos quando alguém está tentando nos sabotar. Nosso coração diz, pois sentimos uma leve desconfiança aparentemente sem motivo. Se isso ocorrer, preste atenção, ali pode ter algo.
Você caro leitor, pode não acreditar, mas por via das dúvidas, não é bom facilitar e abaixo segue uma lista de plantas usadas contra a inveja, olho gordo, mau olhado, etc.
• Arruda: Defende o ambiente.
• Alecrim: Protege das energias negativas e traz alegrias e sorte.
• Espada de São Jorge: Corta os efeitos do olho gordo.
• Pimenteira: Segura as coisas ruins e raiva.
• Guiné: Segura e transforma a negatividade.
• Comigo ninguém pode: Protege o material.
• Manjericão: Protege os moradores.
Eu não sei quanto a você, mas com relação a mim:
“Yo no crejo em las brujas, pero que las hay, las hay”.(Eu não creio em bruxas, mas elas existem, elas existem)Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-46055136153449615042012-07-25T13:30:00.001-03:002012-07-25T13:30:41.724-03:00A SOBERBA- DO LIVRO: OS SETE PECADOS CAPITAIS-FERNANDO MARTINS FERREIRAA Soberba
“Um homem orgulhoso está sempre olhando para baixo sobre casos e pessoas, e naturalmente enquanto você estiver olhando para baixo, você não pode ver algo que está acima de você”.
C. S. Lewis
A soberba é caracterizada pela falta de humildade de uma pessoa, alguém que se acha auto-suficiente, altivo, presunçoso, sobranceiro. A soberba leva o homem a desprezar os superiores e desobedecer às leis porque se acha acima delas. É considerado o pecado maior porque dele se origina os demais.
Mostra-se normalmente de três formas:
a) O soberbo mostra-se ufano das qualidades que tem.
b) Atribui-se dotes que não possui.
c) Rebaixa as vantagens dos outros.
A soberba tem também três filhos diletos: A ambição, a presunção e a vanglória.
A ambição é o desejo descomedido de glórias, honras, fortunas, poder, etc. O ambicioso anda sempre atrás de posição de destaque e de dignidades. São aqueles que apreciam o primeiro lugar em quaisquer lugares que frequentam, seja no teatro, na igreja, nos restaurantes, etc.
A Presunção é a demasiada confiança em si próprio. Presunção e ambição normalmente fazem par. O presunçoso exagera seus talentos, julga-se preparado para assumir qualquer cargo. Se mete em negócios e empregos altos, quase sempre lhes faltam habilidade e competência. Desconhece a palavra auto-crítica.
A Vanglória é a mania de se envaidecer por predicados mais brilhantes e espalhafatosos do que reais. É o famoso “bom-da-boca”. Gaba-se da estirpe nobre, da linguagem ilustre, do local onde mora, da roupa de grife, ou pelo automóvel importado. Baba-se todo por um elogio, suplica-o, e quando não consegue trata de se auto-elogiar. Não aprecia os companheiros nem se importa com eles e por isso conta o que fez e o que não faz. Também é chamado popularmente de faroleiro.
Hipocrisia é um filhotinho da vanglória, pois as felicitações que os gabolas se outorgam com suas palavras, o hipócrita quer granjeá-los por seus atos fictícios e suas virtudes falsas. O soberbo adora a ostentação, o supérfluo e o prazer, gosta de ser melhor que os outros, de aparecer sempre, detesta competições. Sua máxima é: se não pode vencê-lo, diminui-o, ridiculariza-o, de preferência na surdina, sente-se o centro do mundo e acha que fora do seu umbigo, “centro gravitacional”, não existe louvação.
Ele vive apaixonado por si mesmo, gosta de platéia, de se mostrar, normalmente fala alto, quer despertar inveja e admiração. Engana-se quem pensa que só os ricos e abastados são soberbos. Existe também a figura do pobre soberbo, aquele que não aceita ajuda, que quer ostentar sua miséria com ufanismo para ser admirado pelos outros e citado como exemplo. São os falsos humildes.
Já vimos que o demônio da soberba é Lúcifer, o anjo decaído. Não foi ele que tentou Cristo no deserto? “Tudo isto te darei, se me adorares”!
Não é isso o que o soberbo deseja? Adoração!
A soberba tem também três parceiras inseparáveis e elas são: a vaidade, a arrogância e o orgulho. Veremos através de conhecidas parábolas como elas se comportam.
Vaidade
Um corvo empoleirou-se sobre uma árvore e, segurava no bico um pedaço de queijo. Uma raposa, atraída pelo cheiro, dirigiu-lhe as seguintes palavras:
- Olá, doutor corvo. Como o senhor é lindo, como o senhor me parece belo! Que bela plumagem negra que tanto reluz ao sol! Sem mentira, se a sua voz se assemelha à sua imagem, então o senhor será o fênix dos habitantes destes bosques. Meu Deus, como você é lindo!
Diante dessas palavras o corvo não se cabendo de tão contente para mostrar sua bela voz abriu o grande bico e deixou cair o queijo. A raposa mais do que depressa apoderou-se dele e disse:
- Meu caro senhor, aprenda que todo bajulador vive à custa de quem lhe dá ouvidos. Vive à custa do vaidoso. Esta lição sem dúvida, vale um pedaço de queijo.
O corvo envergonhado e confuso jurou que ele não mais cairia nessa. A fábula adaptada de La Fontaine nos mostra que umas das coisas que mais colocam o ser humano em situação ridícula é a vaidade. Como ela é traiçoeira e se veste de glamour, de brilho e inebria aquele que não teve a capacidade de fazer a sua autocrítica ao perceber o elogio de sua beleza, inteligência, empreendedorismo. Quando o ser humano sente o desejo imoderado de atrair para si a admiração e homenagem foi com certeza dominado pela vaidade.
Dispamo-nos dela então para não incorrermos no ridículo. Aquele que se deixa encantar pelos elogios que recebe é com certeza uma pessoa extremamente frágil. A pessoa inteligente não se deixa levar por elogios baratos, prefere sempre uma crítica honesta, que venha com a intenção de trazer a perfeição.
O tolo vaidoso sempre se deixa levar pela lisonja a sua inteligência, beleza, sabedoria ou riqueza. Não vê que os mesmos que o elogiam gratuitamente são os que zombam pelas costas de sua mediocridade e tolice.
Lembremo-nos de que a matéria, toda ela é perecível, até mesmo o nosso corpo, invólucro de nossa alma imortal, nessa vida tão curta.
Um dia ele acabará como tudo mais, só a alma permanecerá. Portanto, não exagere no falar, no agir, no vestir, enfim, no se expor para não cair em algum extremo, pois qualquer que seja ele é perigoso. Não se diz que a virtude está no meio e não nos extremos? Existe porém uma vaidade que pode ser considerada pior que as demais, a vaidade espiritual. Sim, pior, pois quem a detém é possuidor do conhecimento das coisas do espírito e tem plena consciência de que comete erro grave, erra portanto duas vezes. O resultado pode ser nefasto, temos vários exemplos mas por ética não devem ser mencionados.
Deus que conhece seus filhos sabe quando a oração, a caridade ou outros atos praticados em “seu nome” são realizados com o coração.
Se desejarmos alçar vôos maiores na busca da evolução espiritual, razão única de estarmos aqui no planeta terra devemos nos despir de toda a vaidade e lembrarmo-nos sempre de que não nascemos em vão.
Arrogância
Conta-se que o diálogo é verídico e foi travado em outubro de 1995 entre um navio da marinha norte-americana e as autoridades costeiras do Canadá próximo ao litoral de New Foudland. Os americanos começaram na maciota:
- Favor alterar o seu curso 15 graus para o norte para evitar colisão com nossa embarcação.
Os canadenses responderam de pronto:
- Recomendo mudar o seu curso 15 graus para o sul.
O americano ficou mordido de raiva.
- Aqui é o capitão de um navio da marinha americana. Repito, mude o seu curso.
Mas o canadense insistiu secamente:
- Não. Mude o seu curso atual.
A coisa começou a ficar feia. O capitão americano berrou ao microfone.
- Este é o porta-aviões USS Lincoln, o segundo maior navio da frota americana no Atlântico. Estamos acompanhados de três destróieres, três fragatas e numerosos navios de suporte. Eu exijo que vocês mudem o curso 15 graus para o norte, ou então tomaremos medidas para garantir a segurança do navio!
E o canadense respondeu:
- Faça o que quiser. Aqui é um farol!
Moral da história!
Às vezes a arrogância nos faz cegos. Quantas vezes criticamos a ação dos outros, quantas vezes exigimos mudanças de comportamento nas pessoas que vivem perto de nós, enquanto que na verdade nós é que deveríamos mudar o rumo de nossa vida.
Orgulho
Conta-se que havia um rei na Espanha que orgulhava muito de sua linguagem, e que era conhecido por sua extrema crueldade com os mais fracos e pobres. Certa vez caminhava com sua comitiva por um campo de seu reino, onde anos atrás havia perdido seu pai em uma batalha. Ali encontrou um homem santo remexendo uma pilha de ossos.
- O que fazes aí, oh infeliz? – Disse o rei.
- Honrando vossa majestade. – Disse o homem. – Quando soube que o grande rei da Espanha vinha aqui, resolvi recolher os ossos de vosso falecido pai para entregar-lhos. Entretanto, por mais que os procure não consigo achá-los, eles são iguais aos ossos de camponeses pobres, mendigos e escravos.
Moral da história!
Quando Deus criou o homem não fez distinção entre negros e brancos, ricos e pobres, sábios e ignorantes, feios e bonitos. Criou um só homem, à sua imagem e semelhança. Se Deus que é Pai, nosso criador, não distinguiu a sua criatura, quem teria autoridade para discriminar alguém?
Ainda mais que sabemos que o ser humano se defronta com duas limitações intransponíveis: defeito de fabricação e prazo de validade. Haveremos de morrer, só não sabemos como e quando.
Tenho pensado muito nela, a morte, não que a deseje por perto, mas como uma aceitação natural. Ela, a morte, não pode ser encarada como o fim de tudo. Se assim fosse, ela se tornaria um absurdo e a vida presente seria o nosso único bem. Pior ainda, nossa vida se tornaria sem sentido e sem valor algum. Seria então o caso de perguntarmos: - Viver então para que? Devemos ver a morte como uma transformação, uma oportunidade de evolução.
Acho que a vida terrestre deve ser triste e sem gosto para quem não tem a perspectiva de vida após a morte. Meus questionamentos nesse sentido talvez possam ser creditados à idade, pois à medida que envelhecemos, eles aumentam e se aprofundam naturalmente.
E ao refletir sobre a soberba e a morte pergunto:
- Daqui a cem anos que diferença fará se usarmos durante a vida roupas de marca ou compradas em liquidações? Se moramos num triplex de cobertura ou numa pequena casa alugada? Se passamos as férias nas Ilhas Gregas, no Caribe ou no quintal de nossas casas? Se comemos caviar iraniano, trutas ou feijão com arroz? Se dormimos em colchão especial, travesseiros com penas de ganso, lençóis de seda chinesa, de linho egípcio ou num pequeno catre?
- Daqui a cem anos que diferença fará se possuirmos carro importado ou se andávamos de bicicleta? Se ocupávamos um cargo de destaque em uma grande empresa ou se éramos apenas um operário? Se andamos em tapetes persas ou em um chão poeirento? Se tivemos vários empregados ou recebíamos ordens de um patrão? Se tivemos muito dinheiro ou se vendíamos o almoço para comprar a janta? Que diferença fará?
Entretanto creio que fará toda a diferença, não só daqui a cem anos, mas por toda a eternidade se formos pessoas íntegras, humildes, generosas e éticas, e se tivermos expandido nossa mente em busca da iluminação e deixarmos de lado a soberba. Devemos nos lembrar de que somos à imagem e semelhança de nosso criador.
Se isso constitui um privilégio, há que ser, necessariamente e por via de consequência, uma tremenda responsabilidade. Portanto, devemos conservar e mostrar essa imagem na qual Deus quer se refletir dentro de nós.
E não é com certeza na soberba que “Ele” fará isso. “Quem se exalta será humilhado, mas quem se humilha será exaltado”.
É do evangelho esta máxima que nos ensina a humildade como a mais bela virtude.
Não devemos nos julgar melhor nem mais importante do que ninguém. Não somos indispensáveis ou insubstituíveis, em nosso trabalho ou em nada na vida, aliás, ninguém o é, somente Deus, o grande criador é indispensável.
Quanto menor nós nos fizermos, mais admirado e estimado seremos por todos que nos cercam. O que torna uma pessoa importante não é o cargo e nem a posição que tem e muito menos a autoridade que exerce. O que a torna importante, querida e respeitada é sua simplicidade, a sua educação no falar e no agir. Procure ser simples, entenda que viver assim é antes de tudo um ato inteligente, pois uma pessoa simples atrai para si as energias positivas de muita gente.
Lembre-se também “se alguém quiser ser o primeiro, será o servo de todos” (Marcos – 10-44).
Humilde não é o que esconde ou nega o seu próprio valor, é aquele que se faz respeitar pelo que vale pelo que é pelo que possui, mas disso não faz ostentação. Devemos nos lembrar de que ao contrário do que possamos imaginar, vivemos recebendo favores.
Recebemos de Deus o sol, a chuva, a brisa, o vento, o orvalho, a flor, o calor, o frio, o dia, a noite, a luz, o som, o trabalho, o repouso, a (o) companheira (o), os filhos, os pais, os irmãos, a lua e as estrelas.
Vivemos recebendo favores, então porque tanto orgulho tanta soberba? Os bens terrenos são passageiros e efêmeros e ficarão aqui mesmo, não irão conosco para a eternidade. Nosso verdadeiro tesouro é aquele que está vinculado à nossa alma eterna e imortal, e é o que apresentaremos ao criador quando formos prestar as nossas contas. Atentemos, pois o nosso tempo de hospedagem aqui no planeta terra que está chegando ao fim. O relojinho do tempo não para, tic-tac-tic-tac-tic-tac, e o que aguarda o nosso corpo carnal são somente sete palmos de terra fria. Tic-tac-tic-tac-tic-tac.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEFmYypge2YQ7NCtA3DblRAhKsB5kDuwGjAHHlg3mAxYRsjrpbc8-1U59SEU89sXR9QVhUlx7pmf-1TJ_0K0AjxYSi6bN7NC1hQ3K0iL9qBipGwiINnuuZHCa7czNc4DRYgld8t3XWSF8/s1600/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEFmYypge2YQ7NCtA3DblRAhKsB5kDuwGjAHHlg3mAxYRsjrpbc8-1U59SEU89sXR9QVhUlx7pmf-1TJ_0K0AjxYSi6bN7NC1hQ3K0iL9qBipGwiINnuuZHCa7czNc4DRYgld8t3XWSF8/s320/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" /></a></div>Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-14140254595122965602012-07-17T08:46:00.003-03:002012-07-17T08:51:39.930-03:00OS SETE PECADOS CAPITAIS- A HISTÓRIA/A LENDA-FERNANDO MARTINS FERREIRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVKXN92TP1o0_s4ciYkr_3awrNsGWfTKLyOiv6X-EMpgIa3yOCusjCLqIv9h3enAdaEsVqwWZpI1jg3OA2gT8iu3BK__KQopoprGa0nhTWuUuWrgNgumygJ-PIIA7z8SzLIl_AzA5WdFo/s1600/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVKXN92TP1o0_s4ciYkr_3awrNsGWfTKLyOiv6X-EMpgIa3yOCusjCLqIv9h3enAdaEsVqwWZpI1jg3OA2gT8iu3BK__KQopoprGa0nhTWuUuWrgNgumygJ-PIIA7z8SzLIl_AzA5WdFo/s320/Capa-7-PECADOS-FINAL-A.jpg" /></a></div>
A HISTÓRIA
Ao contrário do que muitos imaginam, a origem dos sete pecados capitais não é bíblica. Remonta ao século IV da era cristã e teriam surgido no movimento monástico cristão ocorrido no Egito, quando o Monge Grego Evágrio Pôntico (ou do Ponto) – 345/399 – teria escrito uma lista com oito pecados que afligiam a vida dos monges do deserto. São eles: Gula, Libertinagem, Avareza, Melancolia, Ira, Letargia Espiritual, Vanglória, Orgulho.
Um dos discípulos do monge, João Cassiano (Santo) levou essa relação ao ocidente onde no século VI, o Papa Gregório Magno (Santo) fez algumas mudanças na lista que resultou em sete pecados: Orgulho, Inveja, Ira, Melancolia, Avareza, Gula, Luxúria.
Tempos depois, São Tomás de Aquino, liderando outros teólogos revisaram novamente a lista e chegou ao que hoje conhecemos como os sete pecados capitais. São eles: Soberba, Inveja, Ira, Preguiça, Avareza, Gula, Luxúria. Quatro pecados são aqueles que se cometem contra o espírito e que prejudicam tanto quem os comete quanto a pessoa contra qual são cometidos. São: Ira, Avareza (Cobiça), Inveja, Soberba (Orgulho). Os outros são pecados que se praticam contra o corpo. São eles: Preguiça, Gula, Luxúria.
Segundo o psicólogo Waldemar Magaldi Filho, “o melhor modo de não sermos dominados pelos pecados é não perdermos o alvo, a meta existencial que deveria ser o sacro-ofício de servir ao invés de apenas servir-se da natureza e da vida”. Continua ele: “E como os seres humanos possuem tanto os pecados quanto as virtudes devemos ter tolerância com quem é possuído por eles e criar condições para despertar as virtudes, em nós e nos outros. À medida em que as pessoas se tornam menos egoístas e mais amorosas as virtudes surgem no lugar dos pecados”.
Os pecados capitais segundo a Igreja são graves e perdoados apenas com penitência, estipulada depois da confissão.
O homem virtuoso só seria aquele que desconhece o ódio, porque somente ama. É o que não pensa nem fala no egoísmo, porque ama o desprendimento. É aquele que perdoa constantemente por conhecer o clima de paz, por amar.
Difícil, não é?
Quinze séculos se passaram desde que os monges do Egito começaram a refletir sobre o assunto, e eles, os pecados, continuaram firmes em nossa cultura.
A LENDA
Conta a lenda que certo dia um casal ao chegar do trabalho encontrou algumas pessoas dentro de sua casa. Achando que eram ladrões ficaram assustados, mas, um homem forte e saudável, com corpo atlético disse:
- Calma meus amigos, nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do mundo.
- Mas quem são vocês? – Perguntou a mulher.
- Eu sou a preguiça – respondeu o homem másculo – estamos aqui para que vocês escolham um de nós para sair definitivamente da vida de vocês.
- Como você pode ser a preguiça se tem o corpo de atleta que vive malhando e praticando esportes? Pelo que sei a preguiça não tem ânimo para isso – falou a mulher.
- A preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros de preguiçosos, com ela ninguém pode chegar a ser um vencedor.
Uma mulher velha e curvada, com a pele enrugada, mais parecendo uma bruxa diz:
- Eu, meus filhos, sou a luxúria.
- Não é possível! – diz homem – Você não pode atrair ninguém com essa feiúra.
- Não há feiúra para a luxúria, amigos. Sou velha porque existo há muito tempo entre os homens, sou capaz de destruir famílias inteiras, perverter crianças e trazer doenças para todos até a morte. Sou astuta e posso me disfarçar na mais bela mulher.
Um mau cheiroso homem, vestindo trapos de roupas, parecendo mais um mendigo, diz:
- Eu sou a cobiça, por mim muitos já mataram, por mim muitos abandonaram famílias e pátria, sou tão antiga quanto a luxúria, mas eu não dependo dela para existir. Tenho essa aparência de mendigo porque por mais bem vestido que eu me apresente, por mais rico que seja, sempre vou querer o que não me pertence.
- E eu sou a gula – diz uma belíssima mulher, com um corpo escultural, cintura fina, seios perfeitos, lindos cabelos sobre os ombros e olhos expressivos. Todo corpo dela tinha harmonia de forma e movimentos.
Assustam-se os donos da casa e a mulher diz:
- Sempre imaginei que a gula seria gorda.
- Isso é o que vocês pensam. Sou bela e atraente porque se assim não fosse, seria muito fácil livrarem-se de mim. Minha natureza é delicada, normalmente sou discreta, quem tem a mim não se apercebe, mostro-me sempre disposta a ajudar a busca da luxúria.
Sentado a um canto, em uma cadeira confortável, um senhor, também velho, mas com o semblante bastante sereno, com voz doce e movimentos suaves, diz:
- Eu sou a ira. Alguns me conhecem como cólera. Tenho muitos milênios, também não sou homem, nem mulher assim como todos meus companheiros que estão aqui.
- Ira? Que isso? Você é tão doce. Parece mais o vovô que todos gostariam de ter – disse o homem da casa.
- E a grande maioria me tem assim! – respondeu o vovô. – Matam com crueldade, provocam brigas horríveis e destroem cidades quando eu me aproximo.
Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim, posso estar em qualquer lugar e penetrar em qualquer residência inclusive nas mais protegidas. Mostro-me calmo e sereno para mostrar-lhes que a ira pode estar aparentemente mansa. Posso também ficar contido no íntimo das pessoas sem me manifestar, provocando úlceras, câncer e as mais terríveis doenças.
- Eu sou a inveja. Faço parte da história do homem desde sua aparição na terra – diz uma jovem linda que ostentava uma coroa de ouro cravejada com diamantes. Usava também brincos e braceletes e roupas finas de extremo valor. Assemelhava-se a uma princesa rica e poderosa.
- Como inveja? Se é rica e bonita e parece ter tudo o que deseja – disse a mulher da casa.
- Há os que são ricos, os que são poderosos, os que são famosos e os que não são nada disso, mas eu estou entre todos. A inveja surge pelo que não se tem e o que não se tem é a felicidade. A felicidade depende do amor, e isso é o que mais carece a humanidade. Provoco mortes e sofrimentos, onde eu estou está também a tristeza.
Enquanto os invasores se explicavam, um garoto que aparentava ter cerca de oito anos brincava pela casa. Sorridente e de aparência inocente, característica das crianças, sua face de delicados traços mostravam a plenitude da jovialidade.
- E você garoto, o que faz junto a esses que parecem a personificação do mal? Você não faria mal a ninguém, até porque é uma criança – diz o homem.
O garoto responde com um sorriso largo e olhar profundo:
- Você se engana. Eu sou o orgulho.
- O orgulho? Mas você é apenas uma criança! Tão inocente quanto as outras.
O semblante do garoto tomou um ar de seriedade que assustou o casal e diz:
- O orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e inofensivo, mas não se enganem, sou tão destrutivo quantos todos aqui, quer brincar comigo?
A preguiça interrompe a conversa e diz:
- Vocês devem escolher um, e apenas um, de nós para sair definitivamente da vida de vocês. Queremos uma resposta.
O homem da casa responde:
- Por favor, nos dê dez minutos para que possamos pensar.
O casal se retirou para o quarto e lá fizeram várias considerações. Dez minutos depois retornaram.
- E então? – Perguntou a gula. – O que resolveram?
- Queremos que o orgulho saia de nossas vidas.
O garoto olha o casal com olhar fulminante, pois queria ficar ali. Porém, respeitando a decisão, dirige-se à saída. Os outros, em silêncio, acompanhavam o garoto quando o homem perguntou:
- Ei! Vocês também vão embora?
O menino com ar severo e com a voz forte de um orador experiente diz:
- Escolheram que o orgulho saísse das vidas de vocês e fizeram a melhor escolha, pois onde não há orgulho não há preguiça, pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham de nada fazer para viver não percebendo que na verdade vegetam. Onde não há orgulho não existe a luxúria porque os luxuriosos têm orgulho de seus corpos e se julgam merecedores. Onde não há orgulho, não há cobiça, pois os cobiçosos têm orgulho das migalhas que possuem, acumulando tesouros na terra e invejam a felicidade alheia, não percebem que na verdade são fantoches dos desejos. Onde não há orgulho, não há ira, pois os irados têm facilidade com aqueles que segundo o próprio julgamento, não são perfeitos, não percebem que na verdade sua ira é resultado de suas próprias imperfeições. Onde não há orgulho, não há inveja, pois os invejosos sentem o orgulho ferido ao verem o sucesso alheio seja ele qual for. Precisam constantemente de superar os demais nas conquistas, não percebem que na verdade são ferramentas da insegurança.
Saíram todos sem olhar para trás, e ao baterem a porta um fulgurante raio de luz invadiu o recinto.
OS SETE PECADOS CAPITAIS
AUTOR:FERNANDO MARTINS FERREIRA
EDITORA: VIRTUAL BOOKS-2010
femafer@hotmail.comFernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-40206387058979942102012-07-09T11:42:00.000-03:002012-07-09T11:42:27.745-03:00UMA QUESTÃO DE FÉ-TEXTO DE FERNANDO MARTINS FERREIRAA minha crença na reencarnação vem da minha fé em Deus. Crendo nela e tendo-O como um pai justo, generoso e amoroso, encontro explicações plausíveis para tantos problemas e desigualdades que encontramos mundo afora. Ou talvez, você caro leitor, possa ter explicações convincentes para o fato de algumas pessoas nascerem em países pobres, sobrevivendo às vezes na mais extrema miséria, com doenças crônicas e outros nascerem em berços esplendidos como em alguns países da Europa.
Talvez você possa explicar a gritante diferença social em nosso país, favelas com esgoto a céu aberto de um lado e condomínios de luxo nababesco de outro. Uns já nascem sob o estigma da pobreza, da doença, da miséria e assim vivem por toda uma vida.
Seríamos tolos, se creditássemos isso somente ao acaso, se não acreditarmos que tudo que passamos aqui nessa vida, não seja em pagamento de débito de vidas anteriores. Mesmo rico ou pobre, negro, branco ou amarelo, feio ou bonito, atire a primeira pedra aquele que nunca passou por momentos difíceis na vida. Às vezes as dificuldades tão intensas que nos levam a pensar que não vamos conseguir suportar situações que podem e às vezes nos levam efetivamente ao fundo do poço. A lista dos problemas que afligem nossa alma é grande e nos fazem sentir, desamparados. São injustiças, trações, abandono, doenças, perdas, desemprego e tantos outros. Há momentos que não temos nem, mesmo com quem conversar abrir nossa alma, trocar idéias. Aí nos agarramos a Ele e na certeza (Fé) de que não estamos aqui por acaso e muito menos sós. Ao acreditarmos que nossa vida aqui na terra tem sentido e que nossa finalidade é cumprirmos o nosso ciclo evolutivo, encontramos conforto para os nossos males. No entanto, não podemos em hipótese alguma cruzar os nossos braços, pensando: Como sou um sofredor, reencarnei pobre, doente, e infelizmente essa é minha sina. Não, não é. O nosso caminho enquanto na terra é de muita luta para nos tornarmos melhores e não cruzando os braços com a boca “escancarada cheia de dentes” como disse Raul Seixas, esperando a morte (o desencarne) chegar. Precisamos, necessitamos crescer espiritualmente. Temos um compromisso de pelo menos reencarnarmos um pouco melhor da próxima vez, é por isso que aqui estamos. Enquanto, porém, não chega o nosso desenlace carnal, resta-nos agradecer a Deus pelas alegrias que alimentam nosso espírito, pelas tristezas e frustrações que fortalecem nossa vontade. Pelos acertos que satisfazem nosso ego, e pelos fracassos que sedimenta nossa fé. Resta-nos também, tentar sermos felizes e saber que vale a pena viver e amar, apesar de todos os problemas e incertezas. Ser feliz é agradecer a Deus diariamente pelo milagre de estarmos nesse processo evolutivo chamado vida. Ser feliz é agradecer a cada amanhecer, é não ter medo dos próprios sentimentos.
Usufrua da felicidade e do gosto pela vida e faça delas um constante aprendizado e, principalmente perdoe. Seja grande para os aborrecimento e pobre para a raiva. Forte para vencer o medo e alegre para se permitir momentos felizes.
Crendo você ou não na reencarnação, pense sempre no melhor, trabalhe sempre para o melhor e espere sempre o melhor. Que as mãos generosas do senhor Deus, nos protejam nessa vida e em todas nossas vidas vindouras. Amem!Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-34108157782221807832012-07-05T16:13:00.000-03:002012-07-06T08:49:12.424-03:00MANOEL BATISTA ERA PORTUGUES TEXTO DE FLAVIO MARCUS DA SILVA(FOTO)-
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKjAGi-VQPfNz2CP4dWq0l6MqqjIc6da4-O63boKTsjSvkHpN88u8XG2Qg2wSfOFtcBUEVZinx3-U1ExDVF_sRJx032v0htOAUazKtAcwiOg6pZOMJs28bbnFgh6QJnOvarXFQ3C57I9E/s1600/-+foto+do+Fl%25C3%25A1vio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="77" width="54" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKjAGi-VQPfNz2CP4dWq0l6MqqjIc6da4-O63boKTsjSvkHpN88u8XG2Qg2wSfOFtcBUEVZinx3-U1ExDVF_sRJx032v0htOAUazKtAcwiOg6pZOMJs28bbnFgh6QJnOvarXFQ3C57I9E/s320/-+foto+do+Fl%25C3%25A1vio.jpg" /></a></div>
Manoel Batista era português
Na França, a Revolução de 1789 foi um golpe terrível para a herança cultural da Idade Média. Na sociedade francesa do século XVIII (herdeira da cultura medieval), a nobreza no poder valorizava o ócio e cultuava as aparências, amava a riqueza (mas não o trabalho) e colocava acima de tudo as relações pessoais, as amizades e o parentesco, numa confusão
perdulária entre Público e Privado. O pensamento iluminista de meados do século XVIII e a Revolução Francesa introduziram radicalmente nesse mundo conceitos polêmicos como República, Direitos Humanos, Cidadania, Razão, etc., e certamente contribuíram para que o povo francês, de forma geral, nos séculos XIX e XX, passasse a atuar no espaço público(que era de todos) defendendo com paixão o Bem Comum.
Em Portugal não houve nada que se comparasse à Revolução Francesa. Ao contrário do que ocorreu na França, a nobreza portuguesa nunca foi confrontada em seus valores e visões de mundo tradicionais (medievais) por outras ideias, valores e concepções. Na França, a burguesia e outros grupos progressistas bateram de frente com a nobreza, impondo ideias
que valorizavam o espaço público e definiam a Cidadania enquanto prática política organizada, visando à defesa do que é público para o público.
Em Portugal, essa burguesia não existiu. A nobreza tradicional, apegada àqueles valores tipicamente medievais – o culto às aparências, a valorização do ócio e das relações pessoais e de parentesco no seio do Estado, a confusão entre Público e Privado – não foi confrontada
por nenhum outro grupo. Na verdade, a nobreza portuguesa se aburguesou por necessidade, mas agarrando-se firmemente aos valores antigos, que ela trouxe para o Brasil junto com a frota de Pedro Álvares Cabral em 1500. Enquanto isso, o Estado português se fechava ao Humanismo, ao Racionalismo e, mais tarde, ao Iluminismo francês, mantendo-se firme
naqueles princípios tradicionais.
Essa foi, portanto, a mentalidade que vigorou no Brasil durante todo o período colonial, tendo sido transferida quase naturalmente, como herança portuguesa, para o Brasil independente, após 1822, e também para a República, depois de 1889 (que de República, até hoje, infelizmente, tem muito pouco). Porém, o mais grave disso tudo, a meu ver, é a
forte presença do elemento afetivo nas relações políticas brasileiras. Sérgio Buarque de Holanda, em seu livro Raízes do Brasil, de 1936, explica essa questão, referindo-se ao período colonial: “O peculiar da vida brasileira parece ter sido, por essa época, uma acentuação singularmente enérgica do afetivo, do irracional, do passional, e uma
estagnação ou antes uma atrofia correspondente das qualidades ordenadoras, disciplinadoras, racionalizadoras. Quer dizer, exatamente o contrário do que parece convir a uma população em vias de organizar-se politicamente”.
Nada vinha de Portugal que contestasse essa ordem natural das coisas, esse apego ao passado, à tradição medieval; e a cultura nobre portuguesa, livre de qualquer obstáculo, se enraizou no Brasil de tal forma, que até hoje ela conduz a nossa vida, sobretudo no espaço
público.
Pará de Minas nos oferece exemplos claros desse apego às tradições portuguesas:
1) Como em qualquer outra cidade brasileira, o culto às aparências é algo que chama a atenção em nossa cidade (a preocupação que as pessoas têm em se exibir para os outros, aparentando riqueza e poder, mesmo que a realidade seja bem diferente). 2) A forma como
se faz política por aqui, apelando para os laços de amizade e parentesco, e tratando os eleitores, muitas vezes, como clientes particulares, num claro desprezo pela noção iluminista de Res Publica, ou Bem Comum. 3) Essa coisa que as pessoas têm de levar tudo
para o lado pessoal (se um candidato é meu parente, por exemplo, eu tenho a obrigação de votar nele). 4) Essa mania que muita gente tem de querer levar vantagem em tudo, de passar os outros para trás, permitindo-nos uma comparação com o que Sérgio Buarque de Holanda afirma sobre os portugueses do período colonial: “O que o português vinha buscar
era, sem dúvida, a riqueza, mas riqueza que custa ousadia, não riqueza que custa trabalho”.
5) A dificuldade que as pessoas têm de se organizar e cobrar das autoridades o bom governo da Coisa Pública – fruto da dificuldade crônica de se perceber o próprio Público (depreda-se com muita naturalidade o patrimônio público; joga-se lixo nas ruas e passeios
públicos; leis públicas são desrespeitadas na maior cara de pau, etc.). 6) E o último exemplo, que me faz pensar em Portugal nos séculos XVI, XVII e XVIII: a desvalorização do professor e da Educação Pública em geral, dificultando a formação de cidadãos críticos, capazes de contestar essa herança cultural retrógrada.
Por isso, nada mais lógico e natural do que o mito fundador de Pará de Minas estar ligado a Portugal e à sua cultura. Manoel Batista, o mercador português que aqui chegou, talvez ainda no período colonial (segundo o mito), estabelece um nexo perfeito entre o passado e o
presente da nossa cidade. Ele faz a ponte entre o universo medieval português e o nosso cotidiano hoje, marcado (com maravilhosas exceções, é claro), pelo culto às aparências, pela confusão entre Público e Privado, pelo “jeitinho”, etc.
Não quero, com isso, menosprezar a enorme contribuição cultural de negros e índios para a nossa formação, muito menos desprezar o que os portugueses nos legaram de bom; mas no espaço deste artigo (que já avançou muito), coube apenas o destaque àquilo que, para mim, marcou mais a nossa cultura local, assim como a maior parte das outras culturas locais por esse Brasil afora: o tradicionalismo português – personalista, pomposo, pobre e atrasado.
Manoel Batista era português. Pelo menos para mim. Se ele não existiu ou se não era português, acredito que esse nome – Manoel Batista –, que é uma referência em Pará de Minas, já representa por si só o espírito português: as trevas lusitanas trazendo o atraso cultural e o conservadorismo pomposo para a sociedade patafufa do presente.
E o que significa, nessa minha análise, o sete de setembro de 1822? Nada, a não ser o continuísmo, a perpetuação da tradição portuguesa no Brasil. Quem declarou o Brasil independente de Portugal? Espero que todos saibam. R: Foi o filho do próprio rei de Portugal, o príncipe D. Pedro, que representava todo o continuísmo português. Não houve
ruptura com o passado, nenhuma revolução. A nossa primeira história oficial, por exemplo, foi escrita nos anos 1850, valorizando a colonização portuguesa!
Diante disso, como contestar o nosso mito? Como podemos afirmar que Manoel Batista tinha sangue indígena, como alguns pesquisadores querem demonstrar? Para mim, não tem conversa: Manoel Batista era português.
QUEM É FLAVIO MARCUS DA SILVA
Nascido em Pará de Minas- MG em 1975. Possui graduação em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997) e doutorado pela Universidade federal de Minas Gerais (2002) com estágio (Doutorado- sanduíche/CAPES) na Universidade de Lisboa- Portugal (2002). Atualmente é Vice- diretor da Faculdade de Pará de Minas- FAPAM-(MG) onde já exerceu os cargos de Coordenador do Curso de História, coordenador do NUPE- Núcleo de Pesquisa, e foi professor nos cursos de História e Administração. Atualmente leciona nos cursos de Direito e Pedagogia. É autor do livro SUBSISTENCIA E PODER: a política do abastecimento alimentar nas Minas Setecentistas (Editora UFMG -2008) e de artigos publicados em periódicos e livros de História. Um de seus trabalhos foi publicado no livro HISTÓRIA DE MINAS GERAIS- As Minas Setecentistas (Editora Autentica 2007) obra vencedora do PREMIO JABUTI
2008 na categoria Ciências Humanas. Atualmente exerce também a função de Pesquisador Institucional da Faculdade de Pará de Minas junto ao Ministério da Educação, sendo responsável pelo acompanhamento dos processos e renovação de reconhecimento dos cursos de graduação da IES. Em 2009 foi eleito para a Academia de Letras de Pará de Minas.
www.nwm.com.br/fmsFernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-18889629314297607962012-07-03T09:08:00.004-03:002012-07-03T09:08:50.462-03:00A MAGIA DE LUMIAR - TEXTO DE FERNANDO MARTINS FERREIRANo final da década de 70, residi por alguns anos em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. A cidade dista 136 km da capital e é considerada “a Suíça brasileira”, isso devido ao fato do município ter sido colonizado por 261 famílias suíças. O nome da cidade é uma homenagem à cidade de onde partiram no Cantão de Fribourg.
Nova Friburgo também foi o primeiro município brasileiro a ser colonizado por alemães (antes de São Leopoldo-RS), pois em1824 chegaram 332 imigrantes alemães para se juntar aos suíços ali radicados.
Nova Friburgo foi a primeira cidade brasileira não colonizada pelos portugueses. A cidade possui uma grande rede hoteleira (a maior do interior do Rio de Janeiro) e recebe milhares de turistas de todo o Brasil devido às suas belezas naturais. Para se chegar até lá saindo da capital se pega a RJ116 passando por Itaboraí, ao invés de seguir para a região dos lagos, entra para Cachoeira do Macacu. Em Friburgo, o frio é intenso ( um dos atrativos) e não raro, no inverno a temperatura nas praças marcar zero grau. Há noites de inverno que a temperatura fica negativa nos picos e morros ao redor da cidade.
Os pontos turísticos mais procurados são: o teleférico de cadeiras ( o maior do país), a praça Marcílio Dias (porta de entrada da cidade) praça dos Suspiros, Praça Getúlio Vargas, Igreja Santo Antonio,. A fonte dos Suspiros, O Largo da Poesia, o parque Ambiental Luis Simões (Cascata) e é lógico as casas em estilo chalé suíço.
A cidade é linda, acolhedora, mas desejo falar de um de seus distritos. Na verdade, o Quinto distrito, que se chama LUMIAR. Para se chegar até lá, passa por Muri (não deixe de experimentar a truta defumada, a cerveja suíça caseira, os biscoitos amanteigados e os deliciosos chocolates) pega a RJ142 que liga Nova Friburgo à região dos Lagos.
Chegando-se a Lumiar tem-se a impressão de se ter chegado ao Paraíso. A Mata Atlântica é exuberante, piscinas naturais, passeios ecológicos , caminhadas por vales, montanhas e trilhas. Belas pousadas, bons restaurantes, riachos e cachoeiras onde se pratica todo o tipo de esportes radicais, bares com música ao vivo. Os famosos fondues, uma necessidade, porque o clima é muito frio.
Ao redor de Lumiar existem pequenos lugarejos imperdíveis como: Cova da Onça,.Rio Bonito de Cima, Boa Esperança, Benfica, Guardinópolis, em todos eles, o povo é acolhedor e hospitaleiro.Esse é o retrato da Lumiar atual. Como se pode perceber, ela é dotada de uma grande infra-estrutura.
Agora imagine o lugar a trinta anos, época que o conheci. Para se ter uma idéia, a RJ 142 (N.Friburgo - Região dos Lagos) era apenas um sonho que parecia irrealizável. Só existia um pequeno trecho de asfalto (saindo de Muri até antes de Lumiar) depois era tudo terra. Por ser região montanhosa, várias vezes ao ano, a estrada ficava interrompida, por queda de barreiras ou por buracos provocados por erosões.
Desde essa época, Lumiar já carregava a fama de lugar Místico.Talvez pela exuberância de sua flora, talvez por ter sido freqüentada por pessoas da chamada sociedade alternativa (hippies, espiritualistas, artistas, ufólogos, pensadores etc) talvez por ambas as coisas. Na época que residi em Friburgo, sempre que podia ia até Lumiar. A cada ida uma descoberta. Uma cachoeira, um riacho, as pessoas enfim, motivos não faltavam para ir até lá. A filha Caroline, com dois aninhos adorava esses passeios. Lembro-me em especial de um dia que fiz uma bela descoberta: O Vale das Águias das Estepes, esse era o nome que se encontrava numa tabuleta na entrada do que parecia ser um condomínio. Estavam comigo, minha esposa, minha filha, minha mãe Maria Rita e o amigo Pedro Henriques de Pará de Minas que tinham ido me visitar.
Ao adentramos no local, nos deparamos com algo que nos deixou boquiabertos: Diversas casas (contei 14) em forma de pirâmides nas mais variadas cores. (cada uma com cor diferente) Aqui e ali se via uma nova casa/pirâmide sendo construída. As ruas bem cuidadas, com flores e jardins entre as casas.
Queríamos saber mais sobre o local e assim nos indicaram uma pirâmide/casa de cor violeta que ficava na área central. Esta era cercada por um maravilhoso jardim e ao lado corria um riachinho de águas cristalinas. O lugar parecia ter saído de um cartão postal, na verdade parecia mágico. Olhei para os meus acompanhantes e eles estavam tão extasiados quanto eu.
A energia dali era quase palpável. Fomos recebidos por uma simpática jovem senhora trajando roupas estranhas (para nós) que deduzi serem trajes egípcios. Fomos conduzidos por ela a uma sala no interior da pirâmide. Nos fez sentar em círculo sobre grandes almofadas e mandou nos servir um revigorante chá. Um perfume suave se fazia sentir em todo local. Contou-nos que ali se reunia um grupo de pessoas, estudiosos espiritualistas que residiam em grande parte na capital e que iam para lá nos fins de semanas e feriados, para trocarem as mais diversas experiências. Ela era o elo deles. Falou-nos com entusiasmo sobre vários experimentos que faziam com as energias das pirâmides. Depois falou separadamente com cada um de nosso grupo. A cada um deixou uma mensagem diferente. Quando chegou a minha vez, falou-me ela da importância das cores em nossa vida e que poderíamos usá-las para o nosso bem estar e até como elemento de cura. Falou-me também do ser Crístico que habita em cada ser humano, o que nos torna também divinos. Ouvi tudo respeitosamente, mas entendi pouco e ela parecendo perceber isso, advertiu-me que no momento certo em entenderia isso tudo com clareza. Convidado a voltar, não o fiz, pois com vinte e poucos anos de idade, meus interesses eram outros (infelizmente) Hoje sei que se lá estivesse retornado teria aprendido muito e teria feito muitas coisas de maneira diferente. Quando estava para sair me disse: Vou te contar uma pequena história:
Um homem, passeando pela mata, sussurrou- Deus, fale comigo..
.Um passarinho cantou... Mas o homem não ouviu...
Então o homem gritou: Deus, fale comigo...
E trovões e raios apareceram no céu...Mas o homem não notou...
O homem olhou em volta e disse: Deus deixe-me ver o Senhor...
E estrelas brilhantes apareceram... Mas o homem não percebeu..
.O homem gritou: Deus mostre-me um milagre..
E uma vida nasceu... E o homem não reparou..
.Então o homem, chamou em desespero:
Toque-me, Deus, deixe-me saber que o Senhor está aqui....
E uma borboleta pousou no seu ombro... Mas o homem, a espantou..
Deus esta sempre a nossa volta, nas coisas que nem imaginamos simples ou grandiosas....
Mas precisamos estar atentos ao toque divino.
Vá em paz!
Na época achei a história interessante tanto é que a anotei na contra capa de um livro sobre a energia das pirâmides que lá adquiri. Recentemente encontrei o livro e a anotação.
È.....Deveria ter voltado lá.Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-70908431049528769902012-06-22T10:28:00.001-03:002012-06-22T10:28:23.332-03:00AMIZADE TEXTO DE FERNANDO MARTINS FERREIRADurante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos. Assim eles se agasalhavam e se protegiam mutuamente. Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso eles decidiram se afetar uns dos outros e voltaram a morrer congelados. Era preciso, então fazer uma escolha: ou desapareciam, da terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, os porcos espinhos decidiram voltar e ficar juntos. Aprenderam assim que se baixassem seus espinhos, suas guardas, conseguiriam conviver.
Assim deveríamos proceder, pois o melhor de um relacionamento não é unir pessoas perfeitas, é conseguir que cada um aprenda a conviver com os defeitos do outro, a admirar também suas qualidades.
Assim deve ser uma boa amizade. Ser bom amigo é reconhecer que todos nós somos dotados de pequenos espinhos e que podem ferir. Ser amigo é muito mais que sair juntos para um evento ou outro. Ser amigo é muito mais que um presente, muito mais que um favor. A amizade é muito mais que uma conversa. Ser amigo é sentir-se feliz com o sucesso do outro. Ser amigo é compartilhar as alegrias e, sobretudo os momentos difíceis. Ser amigo é ter uma lágrima nos olhos e ao encontro de um sorriso, fazê-la secar. Ser amigo e ter amigos verdadeiros são as armas para combater a solidão que nos aparecem. E... o melhor amigo, é aquele que nos faz melhores do que somos. Que nos ajuda a enfrentar as situações difíceis e não desperdiçar as oportunidades da vida.
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas
aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e
admirar suas qualidades.Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-70137302107745218992012-06-03T09:51:00.002-03:002012-06-03T09:56:11.375-03:00PRUDENCIA-TEXTO DE FERNANDO MARTINS FERREIRA“Não fales aos ouvidos dos insensatos porque ele desprezaria a sabedoria de suas palavras.” Provérbios: 23:9
O valor da prudência esta ligado ao verdadeiro, ao conhecimento, à razão. Ser prudente é evitar perigos, não é medo ou covardia. É a capacidade de deliberação sobre o que é bom ou mau para o homem em determinada situação. Ser prudente é optar pelo que é necessário, saber o que se deve evitar.
Conta-se que um jovem procurou Sócrates, o grande filósofo grego, e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém. Sócrates ergueu os olhos do que estava fazendo e perguntou: O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?- Três peneiras? Indagou o rapaz. Sim! A primeira peneira é a VERDADE: O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que se trate de uma verdade. Deve então passar pela segunda peneira: A BONDADE: o que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho ou a fama do próximo? Se o que você quer me contar, é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: A NECESSIDADE: Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Podemos melhorar o planeta? O jovem se retirou silente e levou consigo a grande lição.
Às vezes, ao impormos distancia às pessoas e às coisas problemáticas (seja até entes queridos difíceis) sejam companheiros complicados, não significa que deixaremos de nos importar com eles, ou amá-los ou até mesmo perdoá-los, mas sim que optamos pela prudência. Que viveremos sem enlouquecer pela ânsia de tudo tentar compreender, suportar e admitir.Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-13181077903764073932012-05-20T09:11:00.002-03:002012-05-20T09:11:58.435-03:00OS TRES ULTIMOS DESEJOS DE ALEXANDRE, O GRANDE-TEXTO DE FERNANDO MARTINS FERREIRAAlegre-se comigo caro leitor. Hoje é um grande dia, após 60 dias internado, recebi alta finalmente. Estou indo para casa, rever meus pais, irmãos, parentes e os amigos.
O período de convalescença não será fácil, sei disso. Terei que ter muita determinação, paciência e força de vontade para fazer toda sequencia de fisioterapia que me fará andar novamente.
Mas é uma meta traçada, e com ajuda de Deus, fortalecerei a cada dia os membros inferiores, já que os superiores já retomaram os movimentos, graças aos bons fisioterapeutas.
Interessante nesse processo todo é que me tornei mais emotivo, conversei sobre isso com a psicóloga que acompanha os pacientes pós CTI e ela me disse ser normal isso acontecer. Isso tem refletido também na minha forma de escrever , sinto-me mais solto, coloco mais facilmente hoje minhas emoções nos textos, sem maiores preocupações. Sinceramente estou gostando disso, é como se eu estivesse vendo a vida por outro prisma.
Estou indo para casa, mas antes gostaria de deixar-lhes uma bela história e por que não uma grande lição de vida. Vejam só:
Alexandre III nasceu em 20/07/356 a.c em Péia na Macedônia. Foi um dos três filhos de Felipe II e Olímpia de Epiro. Tornou-se rei aos 20 anos, após o assassinato de seu pai. Alexandre, também chamado Magno, foi o mais célebre conquistador do mundo antigo. Conquistou tudo o que desejava. Seu império ia dos Bálcãs à Índia, incluindo o Egito e a Báctria (atual Afeganistão). Nunca houve um império tão grande e tão rico. Alexandre era um general hábil, sagaz e extremamente inteligente. Foi maior de todos, pois jamais perdeu uma batalha. Pois bem, esse grande homem, antes de morrer em 10/06/323 a.c, aos 33 anos, reuniu seus generais mais próximos e expôs seus ter últimos desejos:
Seus três últimos desejos:
1) Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época,
2) Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo, os seus tesouros conquistados como prata, ouro e pedras preciosas,
3) Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão., à vista de todos.
Um dos generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre, quais as razoes desses pedidos e ele explicou:
1) Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm o poder da cura perante a morte;
2) Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3) Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mão vazias partimos.
Pense nisso!
A propósito, Alexandre, O grande, foi discípulo do filósofo Aristóteles.
http://fermafer.blogspot.com
femafer@hotmail.com
DIA 04/05/2012 -DO HOSPITAL SEMPER-BH
TEXTO PUBLICADO NO: JORNAL DA CIDADE ON LINE- RECANTO DO ESCRITOR- PREMIO JORGE AMADO DE LITERATURA-LITERATURA É ARTE- V.I.P.S. DO FACE BOOK- ITABIRANOS SEM CENSURA-FILOSOFLEXAS- ARTE & MANIA- PROFISSIONAIS DA TELEVISÃOFernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-48801482103520365452012-05-17T09:25:00.001-03:002012-05-17T09:26:41.067-03:00SOBRE LIVROS,CORPOS E ALMAS-TEXTO DE FLAVIO MARCUS DA SILVA(FOTO)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPIfChjZ9vnSiJ4lvp2R9YkPPQ81vZtik_ONw4Ybcc10Xhm-qVDnM4IlkT2lg6YgOvrrpVy2ofOoz-nKL9HTuS84fw1JD6fmpGfZdIDSzVSRp3Ktsa7G4hWXZ5TAbt0QSG9Tye5ClLK74/s1600/-+foto+do+Fl%25C3%25A1vio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="77" width="54" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPIfChjZ9vnSiJ4lvp2R9YkPPQ81vZtik_ONw4Ybcc10Xhm-qVDnM4IlkT2lg6YgOvrrpVy2ofOoz-nKL9HTuS84fw1JD6fmpGfZdIDSzVSRp3Ktsa7G4hWXZ5TAbt0QSG9Tye5ClLK74/s320/-+foto+do+Fl%25C3%25A1vio.jpg" /></a></div>
Sexta-feira, na academia, quando eu estava na bicicleta suando a cântaros e lendo Big Sur,
de Jack Kerouac, um aluno meu da faculdade se aproximou de mim para conversar.
Interrompi a leitura e abaixei o livro até próximo ao banco da bicicleta, marcando a página
com o dedo indicador. Terminada a conversa, ao recomeçar a leitura, percebi que o suor
que escorria pelo meu braço havia ensopado a página do livro que eu tinha marcado e se
acumulado numa das bordas, molhando também outras páginas. O livro é uma edição de
bolso da L&PM, muito boa de ler. [...] Trago-o agora pra junto do computador e verifico o
resultado desse meu descuido, depois de seco. Folheio o livro várias vezes, sentindo sua
textura, e observo as páginas tortas, com alguns calombos nas partes atingidas, mas sem
nenhum borrão. Abro o livro na página onde está o marcador e leio ao acaso: “E com todas
as escuridões róseas enevoadas de tons variados e sombras tranqüilas para expressar a
efemeridade real da noite”. Vou lá no início e leio: “A infância da simplicidade de apenas
ser feliz num bosque, sem se dobrar às idéias de ninguém sobre o que fazer, o que deve ser
feito”. Fecho o livro e admiro sua capa: um carro seguindo por uma estrada deserta, e logo
acima do título a frase de Allen Ginsberg: “Cada livro de Jack Kerouac é uma peça única,
um diamante telepático”. Folheio-o novamente, várias vezes, acaricio a lombada com o
dedo indicador da mão esquerda, viro-o de um lado para o outro e deixo-o sobre uma
cadeira, bem ao lado de uma taça de vinho: um tinto português do Vale do Douro que eu
abri ontem à noite e que, agora, neste início de tarde, eu continuo a beber, pensando: “As
uvas daquele vale tiveram que dar sua alma para que esta maravilha pudesse ser produzida,
e o mesmo eu digo do Kerouac, que pôs toda sua alma indomável neste livro
extraordinário”. Olho para o livro e para o vinho e me emociono, mais ou menos como me
emocionei quando segurei pela primeira vez uma edição antiga de O Caso Morel, de
Rubem Fonseca, e senti suas páginas amarelecidas pelo tempo, pressentindo o prazer da
leitura que em breve eu faria; ou quando eu me encontrava nas páginas finais de Trem
noturno para Lisboa, de Pascal Mercier, e não queria terminar e segurava o livro junto ao
peito numa espécie de abraço de despedida; ou quando cheguei à livraria Ouvidor em Belo
Horizonte e tirei meu livro da estante, li meu nome na capa e folheei-o, pensando: “É meu,
fui eu que escrevi”.
São esses tipos de experiências sensoriais com os livros que muita gente vai perder se
leitores eletrônicos de livros eletrônicos se popularizarem no mundo. Para mim, o livro Big
Sur, de Jack Kerouac, possui uma alma imortal que cabe em vários corpos – grandes,
pequenos, com capas duras ou não, com ilustrações ou não –, mas não consigo me imaginar
lendo Big Sur num corpo e depois usar esse mesmo corpo (uma máquina) para ler Crime e
Castigo, de Dostoievski. Pra mim, a alma de Big Sur tem que fazer conjunto com o seu
corpo e permanecer nele (só nele) como uma unidade, mesmo que essa alma esteja, ao
mesmo tempo, em vários outros corpos (várias edições, em várias línguas). No caso dos
livros, usar o mesmo corpo para receber centenas e milhares de almas diferentes pode ser
ecologicamente correto, mas não faz bem para o meu espírito de leitor [...]. Volto agora da
minha estante trazendo uma bela edição francesa de Crime e Castigo e folheio-a várias
vezes. Sinto novamente a alma do livro naquele corpo já bastante manuseado por ávidas
mãos de leitor apaixonado. Abro o livro e passo suas páginas pelo meu rosto e pelos meus
lábios secos; sinto o cheiro das folhas, sua textura fina, bem diferente da textura da edição
brasileira de Big Sur. Vou à página 577 e leio a última frase, seca, dura, fria: “On pourrait y
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trouver la matière d’un nouveau récit, mais le nôtre est terminé”. Depois de tudo que eu
sofri e chorei e amei e odiei, aquilo: “...mas o nosso relato terminou”. Não preciso digitar
nada ou clicar em lugar nenhum para reler essa frase, só puxar o livro da estante e abrir no
lugar certo.
Como vai ser? Será que eu não vou mais poder passar horas numa livraria tocando e
folheando os livros? Será que vai ser tudo pela internet? Não dá pra acreditar. Todo aquele
ritual mágico de escolher um livro substituído por “Digite sua senha. Escolha o título.
Digite o número do seu cartão. Transação efetuada”. Que coisa horrível! E depois?
Terminada a leitura, naquele mesmo corpo penetra uma outra alma, bem diferente da
anterior (Que esquisito!); e eu não posso folhear, sentir texturas, cheiros, fazer carícias,
porque aquele corpo não tem folhas e suas texturas e cheiros são únicos, sempre os
mesmos, e nunca estarão em comunhão com a alma daquele livro. Nunca.
Livros são corpos e almas em comunhão, uma união mágica entre sentimentos, lembranças,
sonhos, texturas, cheiros, letras, capas e imagens diferentes. A meu ver, o leitor eletrônico,
ao padronizar o corpo, vai tirar o encanto e a magia dessa união.
Tudo isso é ainda muito nebuloso pra mim. Mas pelo menos por enquanto eu não consigo
perceber o lado positivo deste enorme avanço tecnológico e ecologicamente correto para a
Leitura no Brasil.
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QUEM É MARCUS FLÁVIO DA SILVA
Nascido em Pará de Minas- MG em 1975. Possui graduação em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997) e doutorado pela Universidade federal de Minas Gerais (2002) com estágio (Doutorado- sanduíche/CAPES) na Universidade de Lisboa- Portugal (2002). Atualmente é Vice- diretor da Faculdade de Pará de Minas- FAPAM-(MG) onde já exerceu os cargos de Coordenador do Curso de História, coordenador do NUPE- Núcleo de Pesquisa, e foi professor nos cursos de História e Administração. Atualmente leciona nos cursos de Direito e Pedagogia. É autor do livro SUBSISTENCIA E PODER: a política do abastecimento alimentar nas Minas Setecentistas (Editora UFMG -2008) e de artigos publicados em periódicos e livros de História. Um de seus trabalhos foi publicado no livro HISTÓRIA DE MINAS GERAIS- As Minas Setecentistas (Editora Autentica 2007) obra vencedora do PREMIO JABUTI
2008 na categoria Ciências Humanas. Atualmente exerce também a função de Pesquisador Institucional da Faculdade de Pará de Minas junto ao Ministério da Educação, sendo responsável pelo acompanhamento dos processos e renovação de reconhecimento dos cursos de graduação da IES. Em 2009 foi eleito para a Academia de Letras de Pará de Minas.
www.nwm.com.br/fmsFernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-63597444309376430312012-05-16T08:47:00.000-03:002012-05-16T08:47:40.533-03:00REITOR FAIÇAL DAVID CHEQUER:IMORTAL-TEXTO DO PROF.ARNALDO DE SOUZA RIBEIRO(FOTO)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8wbzhq8FnDKBr89W4iJe2WP9W_4IdT1SlwH1iAU6AtJmDmwT1_f7XVMgzkJyit1USwlhWwiXq7Xii5ADJYOeM5s76aosF2pfgbK9dwbw6vyO1qmtK5PBrBTmy_v12MKDciZYUIv4cfEM/s1600/Foto+do+PROF.ARNALDO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="158" width="127" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8wbzhq8FnDKBr89W4iJe2WP9W_4IdT1SlwH1iAU6AtJmDmwT1_f7XVMgzkJyit1USwlhWwiXq7Xii5ADJYOeM5s76aosF2pfgbK9dwbw6vyO1qmtK5PBrBTmy_v12MKDciZYUIv4cfEM/s320/Foto+do+PROF.ARNALDO.jpg" /></a></div>
A imortalidade é uma espécie de vida que nós adquirimos na memória dos homens.
Denis Diderot. Filósofo e escritor francês. Nasceu em Langres, no dia 5 de outubro de 1713 e faleceu em Paris, no dia 31 de julho de 1784.
1. Introdução
Na tarde de quarta-feira, dia 25 de abril de 2012, às 16 h, em erudita e concorrida solenidade no Salão de Convenções do Windsor Guanabara Hotel - Rio de Janeiro ocorreu a Sessão Solene de Posse e Diplomação dos novos Membros Titulares Acadêmicos - que foram indicados e eleitos em Assembléia Geral, por unanimidade de votos, para compor o Quadro de Imortais da Academia de Ciências Econômicas, Políticas e Sociais - ANE, da capital fluminense.
Naquele dia foram empossados o Governador de Minas Gerais, Antônio Augusto Junho Anastasia e o Magnífico Reitor da Universidade de Itaúna, Prof. Faiçal David Freire Chequer, eleitos para as cátedras de números 4 e 16, respectivamente.
No início dos trabalhos foi apresentado um vídeo sobre a Academia, constatando-se que, sua história confunde-se com a história recente do Brasil. Em seguida leu-se os currículos dos novos imortais, efetuou-se a entrega dos Diplomas e colheu-se as assinaturas de cada um em livro próprio.
2. Academia de Ciências Econômicas, Políticas e Sociais - ANE
Fundada no dia 18 de agosto de 1944, integram-na pensadores de notável e inquestionável saber nas Ciências ou profissões por ela abrangidas.
Para estimular o progresso e o desenvolvimento das Ciências Econômicas, Políticas e Sociais estuda e discute assuntos relativos a elas e, sobretudo, colabora na preservação da história e da memória das ciências e dos profissionais que a ela se vincularam no passado e estão vinculados no presente.
3. O novo imortal
A eleição e posse do Magnífico Reitor da Universidade de Itaúna, Prof. Faiçal David Freire Chequer, escudou-se nos relevantes serviços que prestou ao Ministério Público e, também, pelo arrojado trabalho que desenvolve em defesa da educação, principalmente no ensino superior frente à Universidade de Itaúna, Conselho Estadual de Educação. Pelo pioneirismo na criação de cursos superiores na região do Alto e Médio Jequitinhonha, somando-se ainda, os relevantes serviços que presta nos diversificados campos do saber e da assistência social, conforme comprovam o seu amplo currículo, as homenagens e os títulos anteriormente recebidos no Brasil e no exterior.
4. Imortais do passado e do presente
Pertenceram à Academia Belarmino Maria Austregésilo Augusto de Athayde, Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho, Celso Monteiro Furtado, Darcy Ribeiro, Fernando Henrique Cardoso, Getúlio Dorneles Vargas, Itamar Franco, José Alencar Gomes da Silva, Juscelino Kubistchek de Oliveira, Mário Henrique Simonsen, Oswaldo Euclides de Souza Aranha, Paulo Freire, Roberto Marinho, Santiago Dantas, Tancredo de Almeida Neves, Gilberto Freire, Paulo Freire, Ulisses Guimarães, Zilda Arns Neumann e pertencem, atualmente, Aécio Neves da Cunha, Ellen Gracie Northfleet, Dilma Vana Rousseff, Gilmar Mendes, Janir Adir Moreira, Marco Aurélio Mello, Misabel de Abreu Machado Dercy, Sacha Calmon Navarro Coelho, dentre outros.
5. A importância do titulo
A importância deste título para as comunidades - itaunense e mineira comprovou-se pelo expressivo número de pessoas ligadas ao judiciário, legislativo, advogados e educadores que se fizeram presentes para externar ao novo imortal o reconhecimento e as homenagens.
Itaúna, 09 de maio de 2012.
Nota: Texto publicado no Jornal Impacto Cidades – Ano II – N. 11 – Edição de abril de 2012, com circulação a partir do dia 11 de maio de 2012 – Paginas 4 e 5.
* Arnaldo de Souza Ribeiro é Doutorando pela UNIMES – Santos - SP. Mestre em Direito Privado pela UNIFRAN – Franca - SP. Especialista em Metodologia e a Didática do Ensino pelo CEUCLAR – São José de Batatais – SP. Advogado e conferencista. Coordenador e professor da Faculdade de Direito da Universidade de Itaúna – Itaúna – UIT - MG. Professor convidado da Escola Fluminense de Psicanálise – ESFLUP – Nova Iguaçu - RJ. Sócio efetivo da Associação Brasileira de Filosofia e Psicanálise – ABRAFP. Email: souzaribeiro@nwnet.com.brFernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-24959600110178104102012-05-12T11:40:00.001-03:002012-05-12T11:41:26.271-03:00DIA PRIMEIRO DE MAIO- DIA DO TRABALHADOR-TEXTO DE FERNANDO MARTINS FERREIRA“O Dia do Trabalho é comemorado no dia 1º de maio no Brasil e em vários países do mundo é feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios.
A História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos Estados uma grande greve geral dos trabalhadores.”
Gostaria de refletir nesse dia sobre o trabalho em si, uma vez que que o trabalho é considerado uma virtude moral. Tecnicamente é a aplicação das forças e faculdades humanas para alcançar um determinado fim, é o que diz o dicionário. Sabemos que o espírito se aprimora pelo trabalho e que não se lapida um caráter sem ele. È imprescindível, portanto, que o homem, se mantenha por si próprio, sem se tornar um parasita ou uma carga no ombro dos outros. Não devemos nos esquecer que o Mestre Jesus, foi operário., nasceu pobre e ganhava a vida com o seu trabalho, com suor de seu rosto. Temos vários exemplos: Henry Ford que é considerado o pai da indústria automobilística mundial (produção em série etc) teve exemplo nos pais que eram pessoas muito trabalhadoras, ele contava que sua mãe trabalhava todos os dias, desde o raiar do sol, até altas horas da noite e, no entanto jamais mostrava sinais de cansaço. Certo dia, o menino Henry perguntou: Mãe porque a senhora não se cansa apesar de trabalhar tanto?- Tenho tantos afazeres importantes que tenho que executar que não tenho tempo de me sentir cansada, respondeu ela. Henry Ford levou a lição para o resto da vida.
A Bíblia em sua imensa sabedoria, nos ensina em Eclesiastes 2:22: “ Não há nada melhor para o homem que comer, beber e gozar do bem estar no seu trabalho. Mas eu notei que também isso vem da mão de Deus; pois, quem come e bebe senão graças a Ele? Aquele que lhe é agradável, Deus dá sabedoria, ciência e alegria; mas ao pecador ele dá a tarefa de recolher e acumular bens, que depois passará a quem lhe agradar. Isso é ainda vaidade e vento que passa.”
Outra história de autor desconhecido, circulou em determinada época pela internet nos mostra também a força do trabalho.- Conta a história que um sábio passeava pela floresta explicando a seu discípulo a importância dos encontros inesperados. Segundo o mestre, tudo que esta diante de nós, nos dá uma chance de aprender ou ensinar. Cruzaram a porteira de um sítio, que embora bem localizado com um belo riacho de águas límpidas e terras férteis, tinha uma aparência miserável, a
casa em ruínas, as cercas quebradas, o mato crescia por todos os lados. A miséria era visível. - Veja esse lugar comentou o discípulo. O senhor tem razão: Acabo de aprender que muita gente esta no paraíso, mas não se da conta e continua a viver miseravelmente. - Eu disse aprender e ensinar- retrucou o mestre, constatar o que acontece aqui não basta, é preciso verificar as causas, pois só entendemos o mundo quando entendemos as causas.
Bateram à porta da casa e foram recebidos pelos moradores. Um casal e três filhos já adolescentes com as roupas esfarrapadas e sujas. – O senhor esta no meio dessa floresta e não há comercio na redondeza. Disse o mestre para o dono da casa- como sobrevivem aqui? E o homem indolentemente respondeu: Colhemos frutas da mata, e temos uma vaquinha que nos dá leite todos os dias. Uma parte do leite nós fazemos queijo e o vendemos ou trocamos por alimentos na cidade vizinha. E assim vamos vivendo com a graça de Deus. O mestre agradeceu a informação, observou por um tempo o local e foi embora. No meio do caminho disse ao discípulo: Pegue aquela vaquinha leve-a ao precipício ali em frente e jogue-a lá embaixo. Mas mestre, ele é o único bem da família e a única forma de sustento deles! O mestre permaneceu silencioso e sem ter alternativa, o rapaz fez o que lhe fora pedido. A vaca morreu na queda.
A cena jamais se apagou da memória do jovem discípulo. Depois de muitos anos, resolveu voltar àquela mesma casa, iria contar tudo à família, pedir perdão e ajudá-los de alguma forma. Porém, qual não foi sua surpresa ao ver o local transformado num belo sítio com árvores frutíferas, carro novo na garagem, trator no páteo, casa de alvenaria com uma grande varanda em volta e um lindo jardim em sua frente . Ficou apavorado imaginando que a família humilde tivera que vender o sítio para sobreviver. Apertou o passo e foi recebido por um caseiro simpático e alegre. Para onde foi a família que vivia aqui há anos perguntou aflito. - Continuam donos do sítio- foi a resposta que recebeu. Espantado, ele entrou apressadamente na casa e o senhor o reconheceu. Perguntou como estava o velho mestre, mas o rapaz estava ansioso para saber como conseguira melhorar aquele sítio e deixando-o lindo daquela maneira. – Bem, nós tínhamos uma vaquinha que vocês viram, ela caiu no precipício no mesmo dia que vocês vieram, e morreu. Disse o senhor. Então para sustentar minha família tive que plantar legumes, hortaliças e ervas aromática. As plantas demoravam a crescer e comecei a cortar madeira seca para vender. Ao fazer isso tive que replantar as arvores e então precisei de comprar mudas. Ao comprar mudas, lembrei que meus filhos precisavam de roupas e pensei também que podia cultivar um pouco de algodão pois o clima é propício. Passei um ano muito difícil, tive até que roçar pasto para os vizinhos para ganhar um dinheirinho para manter a minha família. Quando a colheita chegou, eu já estava vendendo na cidade meus legumes, hortaliças e ervas. Meus filhos foram crescendo e resolvemos montar na cidade um local para vendermos diretamente ao consumidor nossas mercadorias orgânicas e assim a cada ano, aumentamos nossa produção e até tivemos que comprar uma gleba de terra ao lado da nossa. Nunca havia me dado conta de todo o meu potencial, ainda bem que a vaquinha morreu. Concluiu o homem.
O trabalho só não é uma virtude, quando existe o excesso. Isso pode representar um sinal de fuga, para não entrarmos em contato com nossas dificuldades. Não podemos nunca nos esquecer que somos seres complexos, não somos só trabalho. Somos também diversão, relacionamento afetivo e prazeres. Quando só se pensa em trabalho com certeza algo está errado e algo muito importante esta deixando de ser feito. O que é? Ser feliz, por exemplo.
PS: Hoje até que enfim tive a grande notícia. Terei alta na sexta feira próxima. A infecção foi finalmente controlada, rins funcionando bem e o coração idem. Felicidade? Puríssima felicidade. Afinal, hoje completam 60 dias fora de casa. Minha irmã Heliane, num arroubo de alegria, abraçou alegremente a portadora da notícia, a Dra.Lucia Cristina.
PS 2- Minhas homenagens sinceras a todo trabalhador brasileiro e agradecimentos sinceros ao meu irmão Ernane e esposa Mariângela, a irmã Heliane, a minha filha Carol e genro Haroldo que se mostraram incansáveis com seus cuidados e disponibilidade. Aos demais irmãos, cunhadas, sobrinhos e amigos que de uma maneira ou de outra contribuíram para minha recuperação. Deus os abençoe.
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DIA 01/05/2012 -DO HOSPITAL SEMPER-BHFernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-30777036663363885882012-05-09T09:47:00.000-03:002012-05-09T09:58:49.789-03:00PRIVADA DE OURO NAO FEDE MENOS-TEXTO DE FLAVIO MARCUS DA SILVA(FOTO)32 - Privada de ouro não fede menos
Em meados dos anos 80, meus avós e minha mãe tinham uma sapataria na Rua Benedito
Valadares (a Sapataria Fabiano) onde eu às vezes ajudava as funcionárias no atendimento
aos fregueses. Uma vez (lembro-me disso como se fosse ontem), uma freguesa entrou
querendo trocar uma sandália, mas sem notinha, etiqueta ou embrulho que comprovasse a
compra no estabelecimento, e ainda apresentando um produto que, sem sombra de dúvida,
havia sido usado por um bom tempo. Quando foi informada de que a troca não poderia ser
efetuada, a mulher (que devia ter uns 50 anos) disparou uma série de palavrões contra a
moça que a atendia. Suas ofensas eram, em grande parte, escatológicas [ou seja, giravam
em torno da noção de fezes]. Foi mais ou menos assim: “Quem você pensa que é ô
vagabunda?” “O que é que você acha que tem aí dentro do seu bucho?” [acho que ela quis
dizer intestino]. “Pétalas de rosa?” “Perfume?” “Pois fique sabendo que o seu bucho tá
cheio de merda, de bosta fedida, igual ao bucho de todo mundo!” “Você acha que a sua
bosta é menos fedida que a bosta dos outros?” (...) E a coisa prosseguiu nesse nível.
Mas o que os nossos intestinos e seu conteúdo têm a ver com a indignação da mulher na
cena descrita acima? Não preciso ir aos grandes historiadores da cultura para afirmar que as
fezes (assim como a morte) são facilmente associadas na cultura popular a uma ideia de
igualdade, e que jogar na cara de quem se julga superior que as suas fezes não fedem menos
que as fezes dos outros alivia o peso da desigualdade gerada pelos sistemas econômicos do
passado e do presente.
Todo mundo caga. O presidente dos Estados Unidos caga. A rainha da Inglaterra caga. O
juiz que humilhou um inocente na frente da sua família caga. O médico que tratou um idoso
como se ele fosse um bicho caga [cabe lembrar que nenhum animal merece o tratamento
que alguns médicos dispensam a seus pacientes em Pará de Minas]. Todos os ganhadores
do Prêmio Nobel de Literatura, de Química e de Economia cagam. Todos que aparecem nas
colunas sociais (ricos) ou nos noticiários policiais (pobres) cagam, etc. E não importa se
eles comem caviar com champagne ou coxinha com guaraná. Com poucas diferenças, uma
refeição de R$500,00, depois de passar pelos intestinos, fede tanto quanto um PF de
R$8,00.
É aí que está a igualdade. E quando alguém se sente humilhado ou injustiçado, a referência
às fezes estabelece, pelo menos naquele momento, uma igualdade natural que, embora
reduzida a quase nada pela desigualdade artificial do capitalismo, vem à tona por alguns
instantes para dizer: “Você também não vale nada”.
Como dizia Fernando Pessoa: “Nada fica de nada. Nada somos”. A mulher na sapataria
sabia disso e perguntou: “Quem você pensa que é?” “Você acha que é melhor do que eu?”.
Pascal Mercier, em seu belo livro Trem noturno para Lisboa, coloca na boca de um de seus
personagens: “ A vaidade é uma forma ignorada de estupidez. É preciso esquecer a
insignificância cósmica de todos os nossos atos para podermos ser vaidosos, e isso é uma
forma flagrante de estupidez”. Ora, no mundo capitalista, então, a estupidez é algo natural.
E em Pará de Minas acredito que ela é ainda mais marcante, fazendo ferver um substrato
popular de escatologia igualitária, que vem à tona, de vez em quando, na forma de insultos
repletos de referências aos nossos inocentes (e úteis) bolos fecais, direcionados contra
pessoas consideradas vaidosas e orgulhosas.
Talvez como um reflexo dessa cultura popular, a associação entre fezes e igualdade aparece
também em textos que normalmente não são classificados como populares. Por exemplo, o
poema Paixão de Cristo, de Adélia Prado:
Apesar do vaso
que é branco,
de sua louça
que é fina,
lá estão no fundo,
majestáticas,
as que no plural
se convocam:
fezes.
(...)
Outro exemplo é o trecho a seguir, extraído do livro “A elegância do ouriço”, de Muriel
Barbery:
"Às terças e às quintas, Manuela, minha única amiga, toma chá comigo na minha casa.
Manuela é uma mulher simples cuja elegância não foi despojada pelos vinte anos
desperdiçados à cata de poeira na casa dos outros. (...) Convém saber que, quando vai à
minha casa (...) Manuela já limpou com cotonetes as latrinas folheadas a ouro e que, apesar
disso, são tão sujas e fedorentas como todas as privadas do mundo, pois, se existe algo que
os ricos dividem a contragosto com os pobres, são os intestinos nauseabundos, que sempre
acabam se livrando em algum lugar daquilo que os faz feder".
Obs.: O computador insistiu para eu trocar o verbo cagar pelo verbo defecar, mas ignorei
todas as suas súplicas.
E chega de merda por hoje.
QUEM É FLÁVIO MARCUS DA SILVA
Nascido em Pará de Minas- MG em 1975. Possui graduação em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997) e doutorado pela Universidade federal de Minas Gerais (2002) com estágio (Doutorado- sanduíche/CAPES) na Universidade de Lisboa- Portugal (2002). Atualmente é Vice- diretor da Faculdade de Pará de Minas- FAPAM-(MG) onde já exerceu os cargos de Coordenador do Curso de História, coordenador do NUPE- Núcleo de Pesquisa, e foi professor nos cursos de História e Administração. Atualmente leciona nos cursos de Direito e Pedagogia. É autor do livro SUBSISTENCIA E PODER: a política do abastecimento alimentar nas Minas Setecentistas (Editora UFMG -2008) e de artigos publicados em periódicos e livros de História. Um de seus trabalhos foi publicado no livro HISTÓRIA DE MINAS GERAIS- As Minas Setecentistas (Editora Autentica 2007) obra vencedora do PREMIO JABUTI
2008 na categoria Ciências Humanas. Atualmente exerce também a função de Pesquisador Institucional da Faculdade de Pará de Minas junto ao Ministério da Educação, sendo responsável pelo acompanhamento dos processos e renovação de reconhecimento dos cursos de graduação da IES. Em 2009 foi eleito para a Academia de Letras de Pará de Minas.
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Medo de perder alguém que gostamos, de não conseguir o amor de alguém que desejamos, medo de ser rejeitado pela sociedade em que vivemos, medo de perder o emprego, medo de conseguir chegar lá, medo de rir, medo de demonstrar que se é feliz, medo de não ser levado a sério, medo de demonstrar amor.
Medo... Medo esse que nos causa tristezas e conseqüentemente doenças.
Muitas vezes fazemos projetos e que por medo acabam em desilusões e frustrações. Fazer a diferença significa atitude e vontade de mudar. Devemos ter em mente que ninguém agrada a todos e errar faz parte da natureza humana. Tem gente que vive anos e não deixam nada e outros que vivem pouco tempo na terra e deixam a sua marca.
Há um provérbio árabe milenar e conhecido em todo o mundo, lembrando quatro coisas muito importantes que jamais retornam:
-A palavra dada
-A flecha desfechada
-A vivencia que se teve
- A oportunidade desperdiçada
Certas pessoas orgulham-se de se proclamar conservadores, esquecendo-se que o comodismo é uma forma de medo.
Hoje é o dia do aniversário de minha filha Caroline, a Carol. Como gostaríamos de comemorar de outra forma, mas de repente chegou ela e meu genro Haroldo Vianna no meu quarto de hospital e aqui mesmo, juntamente com minha irmã Heliane comemoramos, sem bolo, sem velinhas e sem presentes, mas com muito amor carinho e alegria. Por motivos óbvios minha netinha Mariah não pode estar presente, foi uma pena, mas ficou a promessa: Na festa junina da Mariah estarei presente. Medo de assumir compromissos? Nunca! Creia-me. Estarei lá com ajuda de Deus.
Nunca desperdice uma oportunidade por medo, não deixe que seus problemas diários sejam maiores que sua alegria.
DIA 29/04/2012
DO HOSPITAL SEMPER-
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TEXTO PUBLICADO NO: JORNAL DA CIDADE ON LINE- RECANTO DO ESCRITOR- PREMIO JORGE AMADO DE LITERATURA-LITERATURA É ARTE- V.I.P.S. DO FACE BOOK- ITABIRANOS SEM SENSURA-FILOSOFLEXAS- ARTE & MANIA- PROFISSIONAIS DA TELEVISÃOFernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2925147891763615698.post-77853176407571290512012-05-02T10:06:00.001-03:002012-05-02T10:08:49.551-03:00O FALCÃO, O MORCEGO E A ABELHA-TEXTO DE FERNANDO MARTINS FERREIRAÉ sabido que se colocarmos um falcão em um cercado com um metro quadrado e deixarmos inteiramente aberto por cima, ele, apesar de sua incrível habilidade de voar, será um prisioneiro. A razão é que um falcão sempre começa o vôo com uma pequena corrida em terra. Sem o espaço para correr, nem mesmo tentará voar, permanecera prisioneiro pelo resto da vida nessa mesma prisão sem teto.
O morcego criatura notadamente ágil no ar, não pode sair de um local nivelado. Se for colocado em um piso completamente plano, ficará andando de maneira desordenada, confusa, procurando uma ligeira elevação de onde possa se jogar.
Uma abelha, se cair em um pote aberto ficará lá dentro até morrer. Não vê a saída no alto, por isso insiste em tentar sair através dos lados próximo a fundo. Procurará uma saída onde não existe nenhuma, até que venha a morrer de tanto se atirar contra o fundo do vidro.
Há inúmeras pessoas como o falcão, o morcego e a abelha. Atiram-se obstinadamente sem ousar parar para pensar. A saída pode estar logo ali acima. Sem levantar a cabeça, sem ousadias, seguem a trilha deixada pelos outros e ficam frequentemente aprisionados ao passado... Esquecem-se de que a vida é um eterno abrir e fechar de ciclos. E se demoramos a fechar um que já se foi, com certeza, perderemos a alegria de viver.
Sem pretensão, faço minhas as palavras de Martim Luther king Jr.-“É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar, mesmo que em vão, que sentar-se fazendo nada até o final. Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver. Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa ficar.”.
Portanto: quebre regras, perdoe rapidamente, ame de verdade e nunca pare de sorrir.
Vejam o que se passou comigo recentemente: quando estava internado no outro hospital, recebi a visita de uma queridíssima amiga. Passamos a tarde toda numa conversa agradabilíssima (sempre o é) ela acabara de chegar de uma viagem ao outro lado do mundo e me contava alegremente o exotismo e as belezas daquele país.
Minha amiga é adepta de uma vida natural, caminha diariamente e faz parte de grupos de caminhada nos fins de semana, ou seja, definitivamente não leva uma vida sedentária.
Uma semana após sua agradável visita tive a sepse e fui internado no CTI.
Daí começa outra história: uma semana após sair do CTI, para surpresa de todos minha amiga passou muito mal e também foi internada no CTI.
Meu Deus, como fiquei assustado e triste! Orei muito e enviei-lhe muita energia positiva.
Ontem para minha alegria e emoção, recebi uma ligação dela, havia saído do CTI e em recuperação como eu. Rimos muito da situação, ela, sempre de bom astral e pronta para enfrentar o que vier pela frente. É uma guerreira, valente, obstinada! Com ela não existe lamentações e uma de suas musicas preferidas, “Vitoriosa” de Ivan Lins endossa minha admiração e sua coragem.
Reafirmamos nosso compromisso feito quando de sua visita: um passeio a Tiradentes-MG, para almoçarmos e conversarmos muito.
Ela alegrou minha tarde.
A vida pode não ser a festa que esperávamos, mas uma vez que estamos aqui, temos que comemorar!
Lembrem-se ainda: a destinação do homem é ser feliz, pois fomos criados para desfrutar a felicidade como efetivo direito natural.
PS: Hoje estou duplamente feliz! Com o telefonema de minha amiga e por que foi identificada enfim a bactéria que estava me atacando e provocando a erisipela (infecção). Já tomei a primeira dose do antibiótico específico e espero que em breve estarei em casa, se Deus quiser. Méritos para toda incansável equipe de profissionais do Semper. Não tenho como agradecer o tratamento que tem tido comigo.
DIA 28/04/2012
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TEXTO PUBLICADO NO: JORNAL DA CIDADE ON LINE- RECANTO DO ESCRITOR- PREMIO JORGE AMADO DE LITERATURA-LITERATURA É ARTE- V.I.P.S. DO FACE BOOK- ITABIRANOS SEM SENSURA-FILOSOFLEXAS- ARTE & MANIA- PROFISSIONAIS DA TELEVISÃO-Fernando Martins (Escritor)http://www.blogger.com/profile/03927677373871710353noreply@blogger.com0