quinta-feira, 30 de junho de 2011

DO LIVRO: OS SETE PECADOS CAPITAIS

A História


Ao contrário do que muitos imaginam, a origem dos sete pecados capitais não é bíblica. Remonta ao século IV da era cristã e teriam surgido no movimento monástico cristão ocorrido no Egito, quando o Monge Grego Evágrio Pôntico (ou do Ponto) – 345/399 – teria escrito uma lista com oito pecados que afligiam a vida dos monges do deserto. São eles: Gula, Libertinagem, Avareza, Melancolia, Ira, Letargia Espiritual, Vanglória, Orgulho.
Um dos discípulos do monge, João Cassiano (Santo) levou essa relação ao ocidente onde no século VI, o Papa Gregório Magno (Santo) fez algumas mudanças na lista que resultou em sete pecados: Orgulho, Inveja, Ira, Melancolia, Avareza, Gula, Luxúria.
Tempos depois, São Tomás de Aquino, liderando outros teólogos revisaram novamente a lista e chegou ao que hoje conhecemos como os sete pecados capitais. São eles: Soberba, Inveja, Ira, Preguiça, Avareza, Gula, Luxúria. Quatro pecados são aqueles que se cometem contra o espírito e que prejudicam tanto quem os comete quanto a pessoa contra qual são cometidos. São: Ira, Avareza (Cobiça), Inveja, Soberba (Orgulho). Os outros são pecados que se praticam contra o corpo. São eles: Preguiça, Gula, Luxúria.
Segundo o psicólogo Waldemar Magaldi Filho, “o melhor modo de não sermos dominados pelos pecados é não perdermos o alvo, a meta existencial que deveria ser o sacro-ofício de servir ao invés de apenas servir-se da natureza e da vida”. Continua ele: “E como os seres humanos possuem tanto os pecados quanto as virtudes devemos ter tolerância com quem é possuído por eles e criar condições para despertar as virtudes, em nós e nos outros. À medida em que as pessoas se tornam menos egoístas e mais amorosas as virtudes surgem no lugar dos pecados”.
Os pecados capitais segundo a Igreja são graves e perdoados apenas com penitência, estipulada depois da confissão.
O homem virtuoso só seria aquele que desconhece o ódio, porque somente ama. É o que não pensa nem fala no egoísmo, porque ama o desprendimento. É aquele que perdoa constantemente por conhecer o clima de paz, por amar.
Difícil, não é?
Quinze séculos se passaram desde que os monges do Egito começaram a refletir sobre o assunto, e eles, os pecados, continuaram firmes em nossa cultura.