sábado, 12 de maio de 2012

DIA PRIMEIRO DE MAIO- DIA DO TRABALHADOR-TEXTO DE FERNANDO MARTINS FERREIRA

“O Dia do Trabalho é comemorado no dia 1º de maio no Brasil e em vários países do mundo é feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios. A História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos Estados uma grande greve geral dos trabalhadores.” Gostaria de refletir nesse dia sobre o trabalho em si, uma vez que que o trabalho é considerado uma virtude moral. Tecnicamente é a aplicação das forças e faculdades humanas para alcançar um determinado fim, é o que diz o dicionário. Sabemos que o espírito se aprimora pelo trabalho e que não se lapida um caráter sem ele. È imprescindível, portanto, que o homem, se mantenha por si próprio, sem se tornar um parasita ou uma carga no ombro dos outros. Não devemos nos esquecer que o Mestre Jesus, foi operário., nasceu pobre e ganhava a vida com o seu trabalho, com suor de seu rosto. Temos vários exemplos: Henry Ford que é considerado o pai da indústria automobilística mundial (produção em série etc) teve exemplo nos pais que eram pessoas muito trabalhadoras, ele contava que sua mãe trabalhava todos os dias, desde o raiar do sol, até altas horas da noite e, no entanto jamais mostrava sinais de cansaço. Certo dia, o menino Henry perguntou: Mãe porque a senhora não se cansa apesar de trabalhar tanto?- Tenho tantos afazeres importantes que tenho que executar que não tenho tempo de me sentir cansada, respondeu ela. Henry Ford levou a lição para o resto da vida. A Bíblia em sua imensa sabedoria, nos ensina em Eclesiastes 2:22: “ Não há nada melhor para o homem que comer, beber e gozar do bem estar no seu trabalho. Mas eu notei que também isso vem da mão de Deus; pois, quem come e bebe senão graças a Ele? Aquele que lhe é agradável, Deus dá sabedoria, ciência e alegria; mas ao pecador ele dá a tarefa de recolher e acumular bens, que depois passará a quem lhe agradar. Isso é ainda vaidade e vento que passa.” Outra história de autor desconhecido, circulou em determinada época pela internet nos mostra também a força do trabalho.- Conta a história que um sábio passeava pela floresta explicando a seu discípulo a importância dos encontros inesperados. Segundo o mestre, tudo que esta diante de nós, nos dá uma chance de aprender ou ensinar. Cruzaram a porteira de um sítio, que embora bem localizado com um belo riacho de águas límpidas e terras férteis, tinha uma aparência miserável, a casa em ruínas, as cercas quebradas, o mato crescia por todos os lados. A miséria era visível. - Veja esse lugar comentou o discípulo. O senhor tem razão: Acabo de aprender que muita gente esta no paraíso, mas não se da conta e continua a viver miseravelmente. - Eu disse aprender e ensinar- retrucou o mestre, constatar o que acontece aqui não basta, é preciso verificar as causas, pois só entendemos o mundo quando entendemos as causas. Bateram à porta da casa e foram recebidos pelos moradores. Um casal e três filhos já adolescentes com as roupas esfarrapadas e sujas. – O senhor esta no meio dessa floresta e não há comercio na redondeza. Disse o mestre para o dono da casa- como sobrevivem aqui? E o homem indolentemente respondeu: Colhemos frutas da mata, e temos uma vaquinha que nos dá leite todos os dias. Uma parte do leite nós fazemos queijo e o vendemos ou trocamos por alimentos na cidade vizinha. E assim vamos vivendo com a graça de Deus. O mestre agradeceu a informação, observou por um tempo o local e foi embora. No meio do caminho disse ao discípulo: Pegue aquela vaquinha leve-a ao precipício ali em frente e jogue-a lá embaixo. Mas mestre, ele é o único bem da família e a única forma de sustento deles! O mestre permaneceu silencioso e sem ter alternativa, o rapaz fez o que lhe fora pedido. A vaca morreu na queda. A cena jamais se apagou da memória do jovem discípulo. Depois de muitos anos, resolveu voltar àquela mesma casa, iria contar tudo à família, pedir perdão e ajudá-los de alguma forma. Porém, qual não foi sua surpresa ao ver o local transformado num belo sítio com árvores frutíferas, carro novo na garagem, trator no páteo, casa de alvenaria com uma grande varanda em volta e um lindo jardim em sua frente . Ficou apavorado imaginando que a família humilde tivera que vender o sítio para sobreviver. Apertou o passo e foi recebido por um caseiro simpático e alegre. Para onde foi a família que vivia aqui há anos perguntou aflito. - Continuam donos do sítio- foi a resposta que recebeu. Espantado, ele entrou apressadamente na casa e o senhor o reconheceu. Perguntou como estava o velho mestre, mas o rapaz estava ansioso para saber como conseguira melhorar aquele sítio e deixando-o lindo daquela maneira. – Bem, nós tínhamos uma vaquinha que vocês viram, ela caiu no precipício no mesmo dia que vocês vieram, e morreu. Disse o senhor. Então para sustentar minha família tive que plantar legumes, hortaliças e ervas aromática. As plantas demoravam a crescer e comecei a cortar madeira seca para vender. Ao fazer isso tive que replantar as arvores e então precisei de comprar mudas. Ao comprar mudas, lembrei que meus filhos precisavam de roupas e pensei também que podia cultivar um pouco de algodão pois o clima é propício. Passei um ano muito difícil, tive até que roçar pasto para os vizinhos para ganhar um dinheirinho para manter a minha família. Quando a colheita chegou, eu já estava vendendo na cidade meus legumes, hortaliças e ervas. Meus filhos foram crescendo e resolvemos montar na cidade um local para vendermos diretamente ao consumidor nossas mercadorias orgânicas e assim a cada ano, aumentamos nossa produção e até tivemos que comprar uma gleba de terra ao lado da nossa. Nunca havia me dado conta de todo o meu potencial, ainda bem que a vaquinha morreu. Concluiu o homem. O trabalho só não é uma virtude, quando existe o excesso. Isso pode representar um sinal de fuga, para não entrarmos em contato com nossas dificuldades. Não podemos nunca nos esquecer que somos seres complexos, não somos só trabalho. Somos também diversão, relacionamento afetivo e prazeres. Quando só se pensa em trabalho com certeza algo está errado e algo muito importante esta deixando de ser feito. O que é? Ser feliz, por exemplo. PS: Hoje até que enfim tive a grande notícia. Terei alta na sexta feira próxima. A infecção foi finalmente controlada, rins funcionando bem e o coração idem. Felicidade? Puríssima felicidade. Afinal, hoje completam 60 dias fora de casa. Minha irmã Heliane, num arroubo de alegria, abraçou alegremente a portadora da notícia, a Dra.Lucia Cristina. PS 2- Minhas homenagens sinceras a todo trabalhador brasileiro e agradecimentos sinceros ao meu irmão Ernane e esposa Mariângela, a irmã Heliane, a minha filha Carol e genro Haroldo que se mostraram incansáveis com seus cuidados e disponibilidade. Aos demais irmãos, cunhadas, sobrinhos e amigos que de uma maneira ou de outra contribuíram para minha recuperação. Deus os abençoe. http://fermafer.blogspot.com femafer@hotmail.com DIA 01/05/2012 -DO HOSPITAL SEMPER-BH

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