quinta-feira, 7 de julho de 2011

DO LIVRO: CONTANDO HISTÓRIAS... O PRINCIPAL

                                                                O Principal


Conta-se que certa vez uma mulher muito pobre caminhava por uma estrada, carregando sua pequena filha no colo. Ao passar perto de uma caverna ouviu uma voz que vinha de dentro:
- Entre e pegue tudo o que desejar, mas não se esqueça do principal.
A mulher incrédula, não acreditou muito no que estava ouvindo e se aproximou mais um pouco da caverna, quando novamente ouviu:
- Entre e pegue tudo o que desejar. Fique sabendo, porém, que depois que você sair, a porta da caverna se fechará para sempre. Assim aproveite a oportunidade, pegue o que desejar, mas não esqueça o principal.
A mulher entrou e ficou estarrecida. Era um tesouro incalculável. Jóias e pedras preciosas em profusão.
Ela, então, colocou a filha no chão e começou a recolher tudo em seu avental.
Logo em seguida, ouviu novamente:
- Agora você tem três minutos.
A mulher apressou-se em recolher o quanto mais podia. Aquela tiara de diamante, aquele colar de rubi, aquele anel maravilhoso, tinham que ser levados.
Ouviu novamente a voz do gênio:
- Agora você tem apenas um minuto.
A mulher carregada de tesouros saiu correndo da caverna, não sem antes apanhar aquela coroa de ouro maciço cravejada de brilhantes, e a caverna se fechou.
Só então a mulher se deu conta de que havia esquecido a filha lá dentro, e agora nunca mais poderia pegá-la.
O tesouro durou algum tempo, mas o desespero e a angústia da mulher foram para sempre.
Essa parábola me faz pensar que quando nascemos, viemos com o prazo de validade estipulado.
Uns vivem muito e outros poucos anos, mas a finalidade é única: Evolução Espiritual.
Imagino também que Deus deve ter falado ao nosso ouvido: - “Te darei tudo, inclusive o Livre Arbítrio, mas não se esqueça do principal”.
Aí chegamos aqui, nos deslumbramos com tanta riqueza, com os prazeres fáceis e passamos a procurar, encontrar e acumular os tesouros supérfluos a qualquer preço.
Muita das vezes atropelando, passando literalmente por cima de nosso irmão, não importando a forma e sim o objetivo a ser alcançado.
É... Quando o criador, a exemplo do gênio da nossa história, nos chamar, será que não teremos esquecido o principal?


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